Um vídeo divulgado pelos Estados Unidos mostrou a apreensão de um petroleiro pelo exército norte-americano na costa da Venezuela. A operação ocorreu em meio à crise entre os governos dos EUA e venezuelano, que se intensificou nas últimas semanas. Com informações do g1.

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Os EUA afirmam que o navio é usado para transportar petróleo sancionado da Venezuela e do Irã em uma “rede ilícita de transporte de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras”. Já o chanceler venezuelano, Yvan Gil, chamou a apreensão de “pirataria internacional” e afirma que o presidente dos EUA, Donald Trump, quer os recursos energéticos da Venezuela.

— Nós acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela… um petroleiro grande, muito grande… o maior já apreendido, na verdade — disse Trump a repórteres na Casa Branca na quarta-feira (10).

A operação envolveu dois helicópteros, 10 fuzileiros navais, 10 membros da Guarda Costeira dos EUA e forças de operações especiais. A equipe é treinada em contraterrorismo e em procedimentos de abordagem policial de alto risco

Como era o petroleiro apreendido?

O petroleiro “teria sido parte da frota sombria e foi sancionada pelos Estados Unidos por transportar exportações de petróleo venezuelano”. A afirmação é da empresa de risco marítimo Vanguard Tech.

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A chamada frota sombria se refere a navios usados para contrabandear mercadorias sancionadas. Informações da empresa indicam que o petroleiro teria deixado o porto de José em 4 ou 5 de dezembro, com cerca de 1,8 milhão de barris de petróleo.

Anteriormente, o navio foi incluído pelo governo dos EUA entre as embarcações sob sanção. Em 2022, o petroleiro teria supostamente contrabandeado petróleo que gerava receita para o grupo Hezbollah, no Líbano.

Além disso, um comunicado da Administração Marítima da Guiana, divulgado na noite de quarta, afirmou que o Skipper estava “hasteando falsamente a bandeira da Guiana, já que não está registrado no país”.

Como ficou o petróleo apreendido?

Questionado sobre o que faria com o petróleo apreendido, Trump afirmou que “ficaria com ele”, mas logo declarou dúvidas sobre o assunto. No mercado mundial, o petróleo do tipo que o navio transporta está cotado a cerca de 61 milhões de dólares por barril, o que significa que a carga a bordo do petroleiro poderia valer mais de 95 milhões de dólares.

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Para Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, essa é mais uma tentativa dos EUA de tomar o petróleo do país sob a justificativa falsa de “guerra às drogas”.

Crise com os EUA

Desde o início de setembro, os Estados Unidos fizeram pelo menos 23 ataques contra supostos barcos de narcotráfico, matando mais de 80 pessoas. O presidente norte-americano, Donald Trump, tem aumentando a pressão contra Nicolás Maduro e preocupado países latino-americanos no processo, com o Brasil.

*Sob supervisão de Vitória Loch