O caso do assassinato de Júlia Luany Aymone Alves, de apenas 12 anos, vai a julgamento na próxima quinta-feira (8). A mãe e o padrasto da adolescente são apontados como responsáveis pelo crime. Os dois respondem por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. O ataque brutal ocorreu há uma década e chocou a comunidade de Penha, no Litoral Norte de SC.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Itajaí e região por WhatsApp
As investigações apontam que, em 20 de fevereiro de 2015, o homem segurou a adolescente pelos braços enquanto a mãe desferiu uma série de golpes de faca na própria filha. Depois, eles teriam pedido socorro e dito que um ladrão havia invadido a casa e matado Júlia com um tiro. O crime ocorreu em uma casa de veraneio onde o casal estava trabalhando como caseiro, conforme o inquérito policial.
Marido e mulher apresentaram versões diferentes para a morte da adolescente e, um mês após o crime, a Polícia Civil chegou a pedir a prisão da dupla, mas foi negada pela Justiça. Eles nunca foram para a cadeia pelo assassinato e deixaram a cidade após o crime. Na época, o laudo da Polícia Científica apontou que a menina também foi violentada sexualmente. Porém, não se sabe quem teria feito isso com Júlia.
O Ministério Público de Santa Catarina denunciou o casal em junho de 2016, mas a dupla só se tornou ré em setembro de 2022. O júri popular chegou a ser marcado em julho de 2024, mas acabou sendo transferido. A demora para levar o caso ao tribunal teria ocorrido pela dificuldade de encontrar a mãe e a madrasta da adolescente, bem como algumas testemunhas.
Continua depois da publicidade
O julgamento será feito mesmo se os dois não comparecerem ao Fórum.