Uma câmera de segurança registrou o momento em que Antônio Marcos da Silva, de 55 anos, fugiu de casa após assassinar a ex-companheira, com quem viveu por quase quatro décadas. As imagens mostram ele de bicicleta deixando a Rua Olga Bohn, onde os dois residiam, e entrando em uma área de mata (assista ao vídeo abaixo). O feminicídio ocorreu na manhã desta segunda-feira (4) e, apesar dos esforços da polícia, ele não tinha sido localizado até a publicação deste texto.
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Dalva Paterno da Silva, de 56 anos, foi encontrada sem vida pela neta, uma adolescente de 14 anos. A garota, que mora com a mãe e os irmãos caçulas em uma parte da residência onde aconteceu o crime, chegou da escola e estranhou o comportamento do avô, que entrava e saía do quarto da vítima o tempo todo. Antônio chegou a orientar as netas que não fossem ao cômodo porque a avó estava com “dor de cabeça”.
Quando ele saiu da casa, a jovem decidiu abrir a porta e se deparou com a vítima no chão.
Bombeiros e Samu estiveram no local para prestar socorro, mas não havia mais o que ser feito. A vítima foi golpeada na cabeça com uma sanduicheira e tinha uma perfuração nas costas, possivelmente de faca.
Veja imagens do local do crime e da fuga
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Histórico de agressões
Uma familiar contou que dois netos, de cinco e sete anos, estavam em outra parte da casa quando o avô matou a avó. A menina mais nova teria ouvido os gritos de Dalva e foi até a janela para ver o que estava acontecendo. Ela relatou aos parentes que Antônio estava segurando a vítima pelo pescoço. Quando a pequena disse que ia chamar a polícia, algo comum por causa do histórico de violência do homem, ele teria dito que não precisaria, pois se tratava de uma “brincadeira”.
Dalva já tinha sido agredida muitas outras vezes ao longo dos 38 anos de casada com Antônio. Na manhã desta segunda (4), vizinhos teriam ouvido os gritos na casa, mas acreditavam se tratar de mais uma discussão e nenhum adulto interveio. O divórcio saiu no mês passado e, no último sábado (2), o agressor teve que deixar a casa por causa de uma medida protetiva em favor da ex-esposa. Mas, após ser encontrado no meio da rua, teve autorização para dormir no imóvel até encontrar abrigo.
Segundo parentes, Antônio não aceitava que Dalva ficasse morando na casa que seria herança da família dele. O imóvel, simples, era dividido em duas parte. Na frente vivia uma filha do casal com as três netas. Os dois moravam na parte de trás. Como ela ajuda a cuidar das crianças, chegou a comprar um terreno para o homem poder construir e ir embora, mas ele dizia que não queria, relatam familiares.