Os advogados de Alexandre Nardoni defendem que o assassino de Isabella Nardoni, cinco anos, teve quatro minutos para cometer o crime. Nesse tempo, o assassino teria entrado sem ser visto, machucado a criança na testa, asfixiado a menina, cortado a rede, jogado-a pela janela, saído do apartamento e trancado a porta sem ser notado por ninguém.
Continua depois da publicidade
Um aparelho eletrônico que transmite dados de um carro para uma central de monitoramento ajudou a polícia a descobrir o horário em que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá desligaram o carro depois de chegar ao prédio onde moram, na noite em que a menina Isabella foi morta, segundo informações do site G1 e do Jornal Nacional.
O rastreador, instalado no carro de Alexandre, indicou a hora exata em que carro foi desligado na garagem: eram 23h36min e 11 segundos. Sabe-se que o primeiro telefonema para o Resgate, que partiu de um vizinho, foi às 23h49min e 59 segundos. Entre o desligamento do carro na garagem e a ligação, já depois da queda da menina, passaram-se 13 minutos e 48 segundos.
Em depoimento à polícia, Alexandre disse que, quando chegou, seus três filhos estavam dormindo. E que ele subiu primeiro com Isabella, enquanto sua esposa esperava no carro para que ele ajudasse com as outras crianças.
Alexandre declarou ainda que ficou dentro do apartamento por cinco minutos. E que o intervalo entre descer sozinho e subir outra vez com o resto da família durou mais quatro minutos.
Continua depois da publicidade
Quatro minutos seria então o tempo que o assassino teria para entrar sem ser visto, machucar a criança na testa, asfixiá-la, cortar a rede, jogá-la pela janela, sair do apartamento e trancar a porta sem ser notado por ninguém.
Evidências
Se havia um terceiro adulto na cena do crime, como alega a defesa, ele teria que ter as mãos compatíveis com as da madrasta, que é como os legistas descrevem as marcas que ficaram no pescoço de Isabella.
Ele teria que ter uma altura parecida com a de Alexandre Nardoni para ter carregado a menina no colo e deixado o tipo de rastro de sangue que ficou no chão. A terceira pessoa também teria entrado e saído sem deixar nenhuma marca, como pegadas ou digitais.
Os peritos foram categóricos: segundo eles, não houve invasão ao prédio e não existia mais nenhum adulto no apartamento além de Alexandre Nardoni e Anna Carolina. Por isso, a polícia indiciou os dois pela prática de homicídio.
Continua depois da publicidade
