Embora não existam evidências diretas de que a atemoia possa tratar problemas do coração, essa fruta ainda é uma grande aliada da saúde cardiovascular, aponta a síntese mais recente da ciência. Isso porque seus compostos bioativos vêm despertando interesse de quem cuida da saúde.

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Flavonoides, polifenóis, quercetina e kaempferol estão no radar de pesquisadores. Eles podem reduzir o estresse oxidativo e modular a inflamação, mecanismos ligados à proteção cardiovascular, segundo artigos em Molecules e Pharmaceuticals.

O recado é claro: há potencial, mas ele precisa ser confirmado em testes com pessoas. Até lá, a atemoia entra como parte de um estilo de vida equilibrado, sem promessas milagrosas e muito menos substituindo tratamentos prescritos por profissionais.

O que a ciência já observou

Pesquisas destacam que os bioativos da atemoia aparecem nas folhas e nos frutos. Revisões em Molecules e Plants descrevem ações antioxidantes e anti-inflamatórias que, em teoria, contribuem para o bem-estar do sistema cardiovascular.

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O coração sofre quando há excesso de radicais livres e inflamação crônica. Flavonoides e polifenóis, presentes na atemoia, podem atenuar esses processos e, possivelmente, melhorar o perfil de gorduras no sangue, segundo estudos de base pré-clínica.

Falta o passo decisivo em humanos

Apesar do entusiasmo, a literatura aponta uma lacuna: não há ensaios clínicos que avaliem a atemoia diretamente em doenças cardíacas. A maior parte dos dados vem de células e modelos animais, úteis, mas insuficientes para recomendações específicas.

Segundo artigos citados pelos autores, a quercetina e o kaempferol se ligam a vias de estresse oxidativo e inflamação. O conjunto sugere efeito protetor, mas sem comprovação clínica. Em jornalismo claro: indícios, não veredito.

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Como ler esse “sinal amarelo”

O melhor caminho é combinar a fruta a hábitos já validados: alimentação variada, sono em dia, exercícios e acompanhamento médico. Publicações em Pharmaceuticals e Molecules reforçam o caráter promissor, porém preliminar, desses compostos.

Revisões em Molecules e Plants descrevem o conjunto de fitoquímicos da família Annona. Já um levantamento em Pharmaceuticals reúne dados farmacológicos da atemoia. Todos convergem no potencial, mas pedem ensaios clínicos robustos.

O que os compostos podem fazer

Flavonoides e polifenóis atuam como “escudos” contra danos celulares, regulando mediadores inflamatórios. A hipótese é que, ao reduzir estresse oxidativo, o risco cardiovascular caia. Falta provar esse efeito com a própria atemoia em pessoas.

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“Embora a atemoia seja rica em compostos com potencial para beneficiar a saúde do coração, não existem evidências clínicas que comprovem sua eficácia”, resume a conclusão do estudo. Em outras palavras, é cedo para chamar de aliada direta do coração.

Se a fruta faz parte do seu cardápio, ótimo: ela soma nutrientes e variedade. Mas a decisão sobre prevenção e tratamento cardíaco continua com o profissional de saúde. Estudos futuros dirão se o potencial da atemoia vira recomendação oficial.

Resumo para decidir melhor

  • Potencial: antioxidante, anti-inflamatório e possível efeito no perfil lipídico.
  • Lacuna: faltam testes clínicos específicos com atemoia e coração.
  • Uso: parte de dieta equilibrada; não substitui tratamento.

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O que esperar dos próximos estudos

Ensaios clínicos devem medir marcadores de inflamação, lipídios e eventos cardiovasculares em quem consome atemoia. Até lá, a notícia é de cauteloso otimismo: sinais biológicos positivos, mas sem prova direta de benefício no coração.

A atemoia reúne compostos que a ciência associa à proteção cardiovascular, segundo artigos em Molecules, Pharmaceuticals e Plants. Falta o teste decisivo em humanos. Por ora, vale a regra de ouro: fruta na rotina, médico no comando.