O nível do mar pode subir até 1,9 metro nos próximos 75 anos, de acordo com uma pesquisa da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, o que ameaçaria diversas cidades que fazem parte do litoral de Santa Catarina, incluindo a região da Grande Florianópolis. O alerta, publicado em janeiro deste ano, leva em consideração o cenário em que as emissões de carbono continuam em alta. Com informações do O Globo.
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De acordo com a ferramenta de avaliação de riscos costeiros da organização Climate Central, se a Antártida perdesse gelo suficiente para que o nível do mar subisse 1,9 metro, toda a costa da Ilha de Santa Catarina sofreria algum tipo de efeito. Os locais mais afetados seriam os bairros do Norte da Ilha, incluindo Daniela, Jurerê, a Estação Ecológica de Carijós, Vargem Pequena, Recanto dos Açores, Ratones, Cachoeira do Bom Jesus, Vargem de Fora e Vargem do Bom Jesus.
MAPA mostra como devem ficar cidades em 2100 com aumento no nível do mar
A Barra da Lagoa também seria drasticamente atingida, com o território sendo tomado pela água em quase 50%. A região do Carianos e da Tapera também seriam inundadas.
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Na parte continental da capital catarinense, os bairros Abraão, Itaguaçu, Coqueiros e Estreito estão em risco. Em São José, a costa do bairro Serraria, Jardim Santiago, Ipiranga, Barreiros, Praia Comprida, Ponta de Baixo e a extensão da Avenida Beira Rio também podem ser atingidos.
Palhoça e Biguaçu podem ficar debaixo d’água
O Centro de Palhoça é outra região que pode ser atingida de forma drástica na Grande Florianópolis, incluindo os bairros Aririú da Formiga, Vila Nova/Barra, Rio Grande e Ponte do Imaruim. A passagem do Maciambu e a Praia da Pinheira também ficariam totalmente inundadas.
Em Biguaçu, os bairros Centro, a praia João Rosa, o Prado e Saudade estão no caminho da elevação do nível do mar.
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Outras cidades de Santa Catarina também estão ameaçadas, como:
- Governador Celso Ramos, principalmente na praia de Canto de Ganchos e na Quinta dos Ganchos;
- Tijucas, principalmente na região de Santa Luzia e na BR-101;
- Tijuquinhas;
- Paulo Lopes, principalmente próximo à Praia da Gamboa e nas mediações do Rio da Madre;
- Garopaba, principalmente na região de Areias de Palhocinha;
- Penha, próximo à Praia Alegre;
- Imbituba, próximo à Sambaqui, Riacho Ana Matias, e nas mediações da Lagoa de Imaruí;
- Laguna, principalmente na Bifurcação e no bairro Estreito;
- Pescaria Brava, Indaial, Imaruí, e São Tomás, envolta da Lagoa de Imaruí.
- Tubarão, principalmente nos bairros Madre, Jabuticabeira, Campo Verde
- Jaguaruna, principalmente em Torneiro
- Barra Velha, principalmente envolta da Lagoa de Barra Velha;
- Balneário Rincão;
- Araranguá, principalmente em Hercílio Luz, Ilha, Vila Campesina e no Balneário Morro dos Conventos;
- Bombinhas, na região das praias;
- Porto Belo, principalmente nas praias e na Ilha de Porto Belo;
- Balneário Camboriú e Camboriú, principalmente ao redor do Rio Camboriú;
- Navegantes;
- Itajaí;
- Balneário Piçarras;
- Joinville, principalmente na região do Rio Cachoeira;
- São Francisco do Sul; principalmente no Rocio Grande e da Laranjeiras;
- Itapoá, em Pontal;
Veja o mapa
O Climate Central explica que o mapa por si só não indica nem a probabilidade nem o momento em que a perda de gelo em qualquer nível pode ocorrer, e são baseados em ciência revisada por pares em periódicos importantes.
Cidades da América do Sul atingidas
Diversas cidades da América do Sul também estão na rota da inundação, tanto no Brasil quanto em outros países. No Brasil, até mesmo municípios que não estão próximos ao litoral estão ameaçados, como Porto Alegre. O motivo é a proximidade à corpos d’água, com chances de transbordamento e erosão das margens.
O Rio de Janeiro também está ameaçado, assim como cidades como Maracaibo, na Venezuela, próxima às margens de um lago, Punta Del Este, no Uruguai, que pode perder parte da praia, e a capital da Argentina, Buenos Aires, ameaçada pelo aumento dos rios.
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Alertas para mudanças na redução das emissões de gases
Para o principal autor da pesquisa, Benjamin Grandey, os resultados da pesquisa alertam para a necessidade de mudanças na infraestrutura e na redução das emissões de gases de efeito estufa.
No entanto, a organização ambiental Earth afirma que a redução dos gases de efeito estufa não é suficiente para parar o aquecimento global, sendo necessário adotar medidas de adaptação, com investimentos em sistemas de proteção contra inundações, por exemplo.
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