Superação é a palavra que descreve a participação no palco mais cobiçado do mundo para ao menos 14 mulheres do Grupo Sênior do Clube de Campo de Sorocaba (SP), que vieram até Joinville para dançar no Festival de Dança. Com a presença de 41 grupos, o Festival 40+ começa nesta quarta-feira (23) e se estende por mais dois dias em tardes competitivas.
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O Festival 40+ inclui bailarinos com mais de 40 anos, nascidos de 1966 a 1985, e mais de 60 anos, nascidos até 1965. Durante o festival, os participantes se apresentam com duos de dança de salão e conjuntos de Dança Popular Folclórica, Dança de Salão e Dança Coreográfica.
O Grupo Sênior do Clube de Campo de Sorocaba (SP), desembarcou em Joinville na terça-feira (22). Ao todo, 14 mulheres chegaram à maior cidade do Estado com a expectativa de brilhar com o sapateado irlandês no palco do Festival 40+. Para Silvana Chinelatto, de 56 anos, chegar ao palco do maior festival de dança do mundo é sinônimo de superação.
— Quando a gente fala “turma 40+”, todo mundo fala “ah, está na hora de tirar o pé”. Na verdade, a gente está cada vez mais colocando o pé, com mais coragem. Acho que a questão é realmente a superação, é superar o preconceito de mulheres mais velhas, maduras, estarem se aventurando a dançar, aprender uma coisa nova. O sapateado irlandês, principalmente, é uma dança que exige muito fisicamente. Então, além da superação nas nossas casas, organização de horário e tudo mais, fisicamente a gente tem que correr muito atrás para dar conta do recado — afirma orgulhosa.
Entre os desafios para estar presente no maior festival de dança do mundo, a equipe paulista precisou se preparar intensamente, com apresentações de aquecimento em outros eventos e ainda conciliar a rotina das famílias com suas próprias.
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— Todas nós tivemos que deixar nossas casas, nossos trabalhos, organizar nossas vidas, os filhos, para estarmos aqui fazendo uma coisa que é nossa, enquanto mulheres — afirma Silvana.
União do grupo foi inspiração
A equipe sênior que se apresenta nesta terça foi a primeira formada em um clube da cidade paulista, há cerca de quatro anos. Atualmente, são cerca de 30 turmas, após mais mulheres se inspirarem no exemplo das participantes do festival.
— Para nós também foi uma surpresa poder estar aqui, porque começamos fazendo essas aulas de uma maneira muito inocente, despretensiosa. De repente fomos nos dedicando e hoje estamos aqui — conta Gabiele Tejon sobre a oportunidade de se apresentar em Joinville.
A conexão da bailarina com a dança surgiu por influência da filha, que também é uma apaixonada pela arte.
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— Eu comecei dançando porque eu tenho uma filha de 13 que dança. [….] Ela me deu bastante força. Ela via as mães dançando no festival e falava “mãe, vai dançar!”. No fim eu fui. […[ Sempre gostei de dançar, mas como a gente diz sempre, eu sempre tive “dois lados esquerdos” (risos), mas com a idade surgiu a oportunidade de participar com as amigas também, naquela empolgação — explica a dançarina 40+.
Para o grupo de Sorocaba e mais 40 que se apresentam no palco do festival, dançar é uma paixão que não é limitada pela idade.
— [A dança] é a minha terapia. É o meu momento de estar comigo, eu me superando (…) Com a dança eu me realizo, eu amo o palco — conta Gabiele.
*Sob supervisão de Fernanda Silva
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