O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, declarou nesta quinta-feira que espera “fechar os acampamentos antes que chegue o frio do outono (hemisfério norte)”, durante a inauguração de uma escola na localidade de Poggio Picenze, na região de Abruzzo, devastada na semana passada por um terremoto.
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– A vontade do Executivo é que as primeiras famílias de desabrigados possam ter uma casa antes do verão (meados do ano). O governo não fará ‘barracopólis’ (cidades de barracões) nem ‘tendópolis’ (acampamentos de tendas de campanha) de longa duração – disse, acrescentando que, enquanto isso, o Executivo espera “encontrar alojamento em hotéis e nas casas oferecidas pelos italianos para todos os desabrigados”.
O primeiro-ministro italiano fez um balanço da catástrofe e disse que, dada a intensidade do terremoto, o número de vítimas fatais – 293- foi baixo. Além disso, avaliou em 50% os edifícios que terão que ser reconstruídos. Berlusconi disse que “as necessidades dos moradores de Abruzzo, junto com a crise econômica mundial, são as principais preocupações do governo” neste momento. Como exemplo deste compromisso, Berlusconi disse que o Executivo adiou algumas ações políticas que seriam muito favoráveis, como a de realizar o plebiscito sobre o sistema eleitoral, que seria um primeiro passo no caminho ao bipartidarismo na Itália.
Para a reconstrução da região de Abruzzo, Berlusconi reiterou a possibilidade de que as empresas de construção de cada uma das províncias se encarreguem de uma obra concreta e, assim, se consiga “diminuir o tempo”. Também garantiu o apoio do Estado aos que decidirem reconstruir ou reestruturar sua própria casa.
Berlusconi foi a Abruzzo junto com a ministra da Educação italiana, Mariastella Gelmini, para inaugurar oficialmente a primeira escola aberta após o terremoto de 6 de abril, que deixou quase 300 mortos e milhares de desabrigados. A escola foi instalada em três tendas de campanha azuis com alguns vasos de flores, que abriga duas salas elementares mistas e uma de maternal.
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