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Consumo
Procon de Florianópolis e do Estado elaboram pesquisas para ajudar a comparar os preços atuais com os do período da promoção, que ocorre no fim de novembro
A chegada do fim do ano, que já animava os consumidores mais afeitos a compras, nos últimos anos ganhou mais uma data que estimula as vendas: a Black Friday.
A data ganhou força desde que começou a ser organizada no Brasil, em 2010, e ocorre sempre na última sexta-feira de novembro. Este ano, cairá no dia 29. Muitos estabelecimentos, no entanto, antecipam promoções nos dias e até nas semanas que antecedem uma das mais recentes novidades do calendário do comércio.
Mas para não cair no gracejo repetido todos os anos desde as primeiras edições no Brasil e aproveitar a Black Friday sem correr o risco de nenhuma fraude, alguns cuidados tornam-se essenciais para os consumidores.
Para auxiliar nessa tarefa, os órgãos de defesa do consumidor tentam fazer sua parte. O Procon Estadual de Santa Catarina (Procon-SC) está fazendo uma pesquisa de preços.
A intenção é comparar com os valores praticados no período da Black Friday e apontar se as promoções de fato tinham preços menores ou se se tratava de propaganda enganosa.
O Procon da Prefeitura de Florianópolis também já está monitorando os preços atuais. O órgão vai promover quatro pesquisas de preços nas semanas que antecedem a Black Friday. Fiscais do órgão municipal vão pesquisar preços em lojas físicas e virtuais nas segundas e terças-feiras. Nas quartas, o resultado da pesquisa será divulgado no site do Procon da Capital. O primeiro levantamento sai já nesta quarta.
A intenção da pesquisa é, de um lado, permitir que consumidores que tenham interesse de comprar algum produto na Black Friday possam consultar o preço real nas semanas que antecedem a data e ver se o valor no dia promocional estará de fato mais vantajoso. Ao mesmo tempo, a pesquisa pode já mostrar reduções de preços de lojistas que decidam antecipar os descontos da última sexta-feira de novembro para o mês inteiro.
O levantamento vai pesquisar o preço de 25 itens, com artigos da chamada linha branca, como geladeira, máquina de lavar, fogão e ar-condicionado, e eletrodomésticos, como chaleira, fritadeira, sanduicheira e liquidificador. Entram na relação também telefones celulares e eletrônicos como notebooks, videogames e TVs.
Mesmo com o levantamento, a diretora do Procon da Prefeitura de Florianópolis, Elisabete Fernandes, afirma que os clientes também devem consultar o preço dos produtos que cogitam adquirir na Black Friday.
– É importante que cada um que pretende adquirir um produto faça sua pesquisa porque há uma infinidade de modelos, nunca vamos abranger todos. Essa nossa pesquisa é como uma referência, para verificar se comércio está dentro do que se propõe essa campanha: ofertar produtos a preço acessível ou mais barato – avalia.
A pesquisa particular de cada consumidor pode ser feita fazendo prints da tela com os preços de cada dia pesquisado ou utilizando ferramentas que auxiliam a monitorar a variação de preços. Uma pesquisa da plataforma de comércio eletrônico Zoom divulgada pelo portal GaúchaZH mostra que de 4,4 mil pessoas entrevistadas, 98% dos interessados em aproveitar a data pretendem fazer pesquisas antecipadas para acompanhar os valores.
A Black Friday surgiu há oito anos no Brasil, mas já se tornou a segunda data mais importante para as vendas do comércio varejista do país. Até o momento não há dados sobre a data no comércio de SC, mas no último ano, os sites oficiais apresentaram 23% de alta nas vendas em todo o país, segundo dados da Ebit/Nielsen, que avalia dados sobre o e-commerce nacional. Em 2018, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 2,6 bilhões com a data. Para este ano, a expectativa é de alcançar R$ 3,1 bilhões.
– Listar o produto que você precisa ou deseja adquirir e começar a fazer pesquisas prévias, para saber o valor cobrado atualmente, tanto em lojas físicas quanto em sites. Assim, será possível estipular um limite máximo no qual a compra ainda será vantajosa na Black Friday.
– Evitar comprar por impulso ou fazer a compra sem outras pesquisas de preço.
– O diretor do Procon-SC, Tiago Silva, alerta para desconfiar de preços extremamente abaixo do valor de mercado de determinado produto e também de sites sem procedência. “Não existe almoço grátis”, frisa.
– Não estourar o orçamento para o Natal ou aproveitar esse período com compras atrativas para antecipar os presentes.
– Nas compras em sites, verificar se a loja tem CNPJ, se o endereço informado está correto. Erros de grafia podem indicar que a página está adulterada.
– Verificar se o site possui o cadeado de segurança ao lado do endereço e se possui “HTTPS” no começo da URL.
– Fazer as compras de preferência em computador pessoal, com antivírus atualizado e com modelo de proteção de navegação. Esse recurso bloqueia acesso a sites fraudulentos automaticamente.
– Evitar navegar por ofertas recebidas por aplicativos como Whatsapp ou ficar alerta, porque podem ser tentativas de golpe.
– Nos perfis das redes sociais, verificar se perfil é oficial da loja
– Quando for fechar o negócio, verificar se o preço anunciado é o mesmo que consta no carrinho virtual. Observar também o valor do frete.
– Conferir a política de troca: no caso das compras pela internet, o Código do Consumidor garante o direito do arrependimento: até sete dias depois é possível cancelar a compra, devolver produto ou pedir dinheiro de volta se o item não estiver conforme o anunciado.
– No caso das lojas físicas, não existe o direito de arrependimento. Nesse caso, é importante consultar no momento da compra como funciona o programa de troca do estabelecimento, principalmente se se tratar de um presente.
– Verificar também o prazo da entrega. Quando é muito longo, pode indicar que o produto não exista mais em estoque e pode causar cancelamento futuro do pedido pela empresa.
– Nas lojas físicas, manter o cartão de crédito sempre em vista no ato da compra.
– Sempre pedir nota fiscal. Se houver problemas, é a nota que dá direito de ir até o Procon registrar uma reclamação.
Fontes: Procon da Prefeitura de Florianópolis e Procon Estadual de Santa Catarina (Procon-SC)
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