Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou na manhã desta sexta-feira (18) após ser alvo de operação da Polícia Federal e ter que usar tornozeleira eletrônica. Em entrevista coletiva, ele afirmou que nunca pensou em sair do Brasil e diz que se sente “humilhado”.

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— Nunca pensei em sair do Brasil ou ir para embaixada […] Sair do Brasil é a coisa mais fácil que tem. Não conversei com ninguém — afirmou o ex-presidente.

O político também falou que espera que o julgamento so Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para setembro, seja “técnico e não político” e afirmou que as medidas cautelares foram impostas com objetivo de “humilhação”.

— Poxa, eu sou ex-presidente da república. Tenho uns 70 anos de idade. Suprema humilhação. É a quarta busca e a pressão em cima de mim — diz.

Ele ainda comentou sobre as tarifas de 50% em impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros.

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— Em 2019, o Trump era presidente e queria impor uma tarifa no aço e alumínio. Eu resolvi, não foi tarifado. O mundo todo tá com tarifas, só o Brasil não tá negociando.

O ex-presidente passará a usar tornozeleira eletrônica e não poderá acessar redes sociais. Segundo ministros, se preparava para fugir do Brasil e pedia asilo político a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

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Bolsonaro terá que usar tornozeleria eletrônica

A Polícia Federal (PF) cumpre mandados contra Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta sexta-feira (18) em Brasília. O ex-presidente passará a usar tornozeleira eletrônica e não poderá acessar redes sociais. Segundo apuração da TV Globo, o processo apura crimes de coação, obstrução e ataque a soberania.

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Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e são cumpridos na casa do ex-presidente e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL). De acordo com a PF, foram encontrados US$ 14 mil e R$ 8 mil na casa do político.

Bolsonaro também terá que cumprir recolhimento domiciliar noturno, das 19h e 7h e foi proibido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros (não podendo se aproximar de embaixadas), nem com outros réus e investigados pelo Supremo. Além disso, o ex-presidente não pode se comunicar com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.

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