Deflagrada na manhã desta sexta-feira (18), a operação da Polícia Federal que mira Jair Bolsonaro (PL) e determina, entre outras medidas, que o ex-presidente passe a usar tornozeleira eletrônica deve ter impactos na guerra tarifária aberta com os Estados Unidos.
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A julgar pelas recentes manifestações de Donald Trump, os mandados e as restrições impostas a Bolsonaro praticamente sepultam, a esta altura, uma saída diplomática para a reversão da taxação de 50% sobre importações brasileiras, que já provoca prejuízos à indústria e à economia brasileira. O diálogo racional e pragmático defendido por federações e associações empresariais para dar fim ao impasse parece uma alternativa cada vez mais distante.
Nesta quinta (17), Trump, em carta aberta, saiu em defesa de Bolsonaro, sustentando o discurso de que o ex-presidente seria vítima de perseguição judicial e que seu julgamento deveria terminar imediatamente. O presidente americano admitiu que a política tarifária era um sinal de sua desaprovação.
No mesmo dia, Lula (PT) entrou em rede nacional de rádio e televisão defendendo a soberania nacional e tratando o tarifaço como “chantagem inaceitável”.
A operação no dia seguinte a essas manifestações joga ainda mais lenha na fogueira. As reações ainda são imensuráveis, mas as incertezas provocadas pela instabilidade política e o risco iminente de novas restrições e sanções continuam a preocupar a economia.
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