Na segunda-feira (28), um grande deslizamento de terra aconteceu na BR-376, em Guaratuba-PR, atingiu ao menos 10 carros e cinco caminhões e interditou totalmente a rodovia. Nos últimos anos, casos de acidentes com diversos veículos e alto número de vítimas envolveram a rodovia que liga Santa Catarina ao Paraná.
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O trecho da serra tem extensão de 15 quilômetros, do Km 661 ao Km 675. Ao longo do trajeto, motoristas encaram uma série de curvas sinuosas, que podem ficar ainda mais perigosas em dias de chuva ou cerração. As diversas placas sobre o limite de velocidade de 60 km/h, risco de tombamento e necessidade de atenção dos condutores alertam para os riscos que são enfrentados no caminho.
Os motivos de acidentes são diversos. Há aqueles que envolvem problemas mecânicos no veículo, como o caso do acidente com um ônibus que deixou 19 mortos e 33 feridos, em janeiro do ano passado.
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Na época, o veículo descia em direção a Santa Catarina, quando saiu da pista e tombou com 54 passageiros e dois motoristas. O trecho envolvido é conhecido como curva da Santa. O local fica entre os Km 666 e Km 668 da rodovia — mesma região onde ocorreu o deslizamento desta segunda-feira.
Apesar de ter vasta sinalização e redutores de velocidade, o trecho registra graves acidentes e muitos deles com vítimas fatais, como o caso de julho do ano passado com outro ônibus que tombou em uma das curvas.
Foram duas pessoas mortas, duas gravemente feridas e outras 18 com ferimentos leves. Depois, mais dois veículos também teriam se envolvido no acidente, um carro e um caminhão. O ônibus levava a delegação do time Umurama Futsal com destino a Jaraguá do Sul.
Perigosa, a BR-376 contém alternativas de segurança, como áreas de escape, instaladas no Km 671,7 e no Km 667,3. Segundo a Arteris Litoral Sul, em dez anos de operação foram registradas mais de 275 usos com 398 vidas salvas. Em setembro deste ano, duas carretas reforçaram a importância de estruturas como essas ao utilizarem para salvar as próprias vidas dos motoristas, em um intervalo de 14 horas.
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Sem feridos, a primeira ocorrência foi registrada no dispositivo do Km 671,7. O caminhão adentrou 50 metros da caixa de cinasita após perda dos freios. Após, outro caminhão que também apresentava falha nos freios, utilizou o dispositivo do Km 667,3 e adentrou 75 metros da área.
Em 2021, o AN ouviu motoristas, órgãos oficiais e uma especialista para entender quais os perigos enfrentados diariamente por quem passa pela BR-376.
Dicas para dirigir na serra
• Verificar a manutenção do veículo, o estado dos freios e se há água o suficiente no veículo para evitar o superaquecimento do motor;
• Não fazer ultrapassagens;
• Frear na reta antes de chegar nas curvas;
• Permanecer com o carro engrenado;
• Acondicionar a carga do veículo corretamente para evitar tombamentos em curvas. Vale para caminhões, ônibus e carros de passeio.
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*Sob supervisão de Lucas Paraizo
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