Um grupo de 844 funcionários do departamento de investimentos do Bradesco retornarão ao trabalho 100% presencial a partir do dia 2 de janeiro de 2026, informou o banco ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região nesta quinta-feira (4). A decisão segue a mesma linha do Nubank, que anunciou o encerramento do trabalho remoto em novembro, com transição para o trabalho híbrido
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Dessa forma, além dos funcionários da área de investimentos, a Tesouraria, que trabalha com a mesa clientes, também voltará ao presencial na capital de São Paulo no dia 5 de janeiro de 2026. Nessa área, são cerca de 50 pessoas afetadas.
De acordo com o Bradesco, cerca de 50% dos mais de 82 mil funcionários trabalham de forma híbrida, enquanto o restante já trabalha presencialmente. A decisão cabe à liderança de cada área, segundo o banco, que estabelece quantos dias presenciais e remotos cada time ficará com base na operação.
Em nota, o banco disse que “busca sempre um equilíbrio entre o presencial e o remoto, com foco na produtividade e no bem-estar das pessoas”.
O que diz o sindicato
Para o sindicato, “qualquer retorno presencial deve ocorrer com condições estruturais e organizacionais adequadas, garantindo saúde, segurança e qualidade de trabalho para todos”. Por isso, o órgão afirmou que está acompanhando as mudanças que, segundo o sindicato, respeitaram o prazo previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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A convenção exige que haja um aviso prévio aos trabalhadores em casos de mudança no regime de trabalho. O Bradesco garantiu ao órgão que há estrutura para que todos voltem ao trabalho presencial.
Nubank anunciou fim do modelo 100% remoto
Em novembro, outro banco que anunciou o fim do home-office foi o Nubank. A partir de julho de 2026, os funcionários vão ao escritório pelo menos dois dias por semana. Já a partir de janeiro de 2027, terão que se deslocar ao local de trabalho três dias por semana. O modelo atual permite que eles compareçam uma semana a cada trimestre.
A decisão não foi bem vista entre os funcionários, e fez com que muitos pedissem demissão. O CEO do banco, David Vélez, afirmou à época que há “custos invisíveis” do trabalho remoto, incluindo a queda na inovação e criatividade.

