Donald Trump promete anunciar nesta quarta-feira (2) uma nova rodada de impostos de importação sobre produtos de vários países que chegam aos Estados Unidos. A medida, chamada de “tarifas recíprocas” pelo presidente, busca reformular as principais parcerias comerciais do país com uma nova estratégia. As informações são do O Globo.
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O anúncio desta quarta-feira é chamado pelo republicano como “Dia da Libertação”. Segundo Trump, os Estados Unidos sofrem tratamento injusto de outros países, que vendem para o país e cobram taxas de produtos americanos em seus mercados para impedir a competição com produtos nacionais.
Trump acredita que com essa medida vai atrair para os Estados Unidos investimentos produtivos e empregos que migraram para outros países nas últimas décadas.
Brasil na mira de Trump
O etanol brasileiro foi citado em um relatório do governo americano, nesta segunda-feira (31), como exemplo de relação comercial injusta com os Estados Unidos. O governo norte-americano relembra que Brasil e os EUA são os maiores produtores e consumidores de etanol do mundo e reclamam das tarifas de 18% impostas ao produto estadunidense.
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“Os Estados Unidos continuam em diálogo com o Brasil para reduzir a tarifa sobre o etanol, com o objetivo de garantir um tratamento recíproco no comércio do produto entre os dois países”, diz trecho do documento que deve servir de base para as “tarifas recíprocas” de Trump.
O país ainda é apresentado pelos americanos como uma economia que “impõe tarifas relativamente altas sobre importações de uma grande variedade de setores, incluindo automóveis, autopeças, tecnologia da informação (TI), eletrônicos, químicos, plásticos, máquinas industriais, aço e têxteis”.
De acordo com a colunista Miriam Leitão, do O Globo, as tarifas de Trump poderão ser aplicadas a todos os produtos de um país, e ir de 10% a 25%. A medida pode tornar uma série de produtos brasileiros sem competitividade nos Estados Unidos, do suco de laranja aos aviões da Embraer. Além disso, o aço do alumínio , que já sofreu uma tarifa de 25%, pode enfrentar mais uma tarifa.
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Como funcionam as “Tarifas Recíprocas”?
Os novos impostos sobre importação seriam personalizados para cada parceiro comercial dos Estados Unidos, informou um membro da Casa Branca.
O objetivo de Trump é compensar não apenas as tarifas aplicadas pelos parceiros sobre produtos americanos, mas também outros fatores que prejudicam os fabricantes dos EUA, como subsídios considerados injustos, regulamentações como leis de proteção de dados pessoais, impostos sobre valor agregado (IVA), taxas de câmbio controladas e proteções insuficientes à propriedade intelectual.
A medida pode ser aplicada sobre produtos específicos, setores internos ou como uma tarifa média sobre todas as mercadorias de um determinado país. Recentemente o governo americano informou que cerca de 15 países estão sob análise e que cada um “receberá um número que acreditamos representar suas tarifas”.
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