Em todo o Brasil, 54 milhões de pessoas, o equivalente a 34,5% da população urbana, ainda vivem em moradias sem rede de esgoto sanitário, com serviços inadequados de água ou em condições de superlotação familiar. Os dados fazem parte de estudo feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do ano passado, divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
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Na análise individualizada, entretanto, os indicadores apresentam resultados melhores. Quando observadas apenas a condições de moradia, a pesquisa mostra que 98,6% das casas urbanas são construídas com paredes e tetos de materiais duráveis, 97,5% têm banheiros exclusivos do domicílio, 99,8% contam com luz elétrica e 75,6%, com rede de telefonia fixa.
Em relação à superlotação familiar, 12,3 milhões de pessoas (7,8% da população urbana), moram em domicílios com mais de três pessoas por dormitório. As maiores concentrações desse tipo de arranjo familiar, segundo o Ipea, estão em São Paulo (2,2 milhões de pessoas) e Rio de Janeiro (1 milhão de pessoas). Já os adensamentos mais críticos estão nas cidades de Belém (16,6%), São Paulo (11,7%) e Salvador (10,6%).
Aluguel
Outro indicador analisado pelo instituto é o gasto excessivo com pagamento de aluguel. Os dados mostram que 5,4 milhões de pessoas (3,4% da população urbana), afirmaram gastar mais de 30% de sua renda com o pagamento de aluguel para moradia. Em 2006, esse indicador era um pouco menor, de 3,2%.
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Das 10 regiões brasileiras analisadas, Brasília é a cidade em que os gastos com aluguel são mais intensos (6,9%). Em seguida, estão São Paulo (4,9%) e Rio de Janeiro (4,5%).