Brigitte Bardot, ícone do cinema francês e conhecida pelo seu ativismo, morreu neste domingo (28) aos 91 anos. Segundo o jornal Le Monde, o lançamento de seu primeiro filme, “E Deus Criou a Mulher”, foi como um “terremoto”. A obra estabeleceu a artista como um símbolo sexual e referência de feminino.
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O jornal relembrou um texto publicado pelo crítico Jean Douchet, que descreveu Brigitte como: “Um corpo selvagem, animalesco e livre explode na tela. Ela subverte e revoluciona os costumes sociais na França e no mundo todo.”
Veja fotos de Brigitte Bardot
Quem foi Brigitte Bardot
Brigitte Anne-Marie Bardot, nascida em 28 de setembro de 1934, iniciou a carreira como modelo, mas logo chamou atenção de executivos do cinema francês. Ela tornou-se mundialmente conhecida ao estrelar o filme “E Deus Criou a Mulher”, em 1957, dirigido pelo seu marido na época Roger Vadim.
Em 1964, Brigitte Bardot passou uma temporada em Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro. Ela teria vindo ao Brasil em busca de tranquilidade e passou cerca de quatro meses hospedada em Manguinhos. Ela encerrou sua carreira como atriz em 1974.
A escritora e filósofa Simone de Beauvoir falou sobre o impacto da atriz no mundo no livro Brigitte Bardot e a Síndrome de Lolita, de 1959. Conforme especialistas, Beauvoir analisou como a artista não se encaixava nos estereótipos do cinema e da sociedade da época.
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Além de ser reconhecida como um ícone do cinema, Brigitte também se tornou conhecida pelo seu trabalho à frente da causa animal. Em 1986, criou a Fundação Brigitte Bardot para o Bem-Estar e Proteção dos Animais.
Segundo o Le Monde, nos últimos anos, Brigitte Bardot vivia no sul da França, entre La Madrague e uma segunda casa escondida na vegetação, La Garrigue.
Morte aos 91 anos
A informação de sua morte foi confirmada pela fundação que leva o seu nome a jornais franceses neste domingo (28). A causa da sua morte, no entanto, não foi revelada.
A atriz havia sido internada, em outubro deste ano, para realizar uma cirurgia. De acordo com o jornal francês Le Monde, a natureza do procedimento cirúrgico não foi revelado. Ela recebeu alta no mesmo mês e retornou à sua casa em Saint-Tropez para repousar.
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Nas redes sociais, o presidente da França, Emmanuel Macron, lamentou a morte da artista, que descreveu como “uma lenda do século”.
“Seus filmes, sua voz, seu brilho deslumbrante, suas iniciais, suas tristezas, sua generosa paixão pelos animais, seu rosto que se tornou Marianne, Brigitte Bardot personificou uma vida de liberdade. A existência francesa, o brilho universal. Ela nos tocou”, publicou Macron.








