Um homem com registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) foi alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira (25), pela suspeita de alugar armas registradas para membros de facções criminosas em Itapoá, no Litoral Norte de Santa Catarina.

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Conforme informações da Polícia Civil, as investigações começaram em dezembro de 2022, após uma tentativa de homicídio na cidade. Durante a operação, duas pessoas foram presas. Elas são apontadas como clientes dele.

Ainda segundo a polícia, a ação apreendeu cinco armas, centenas de munições e quatro celulares. De acordo com o delegado Neto Gattaz, responsável pelo caso, as investigações devem avançar após a apreensão dos aparelhos telefônicos que estavam com o suspeito.

Os presos foram encaminhados para o presídio de Joinville e devem responder por crimes de posse ilegal de arma e posse ilegal de munições. A Polícia Civil deve seguir investigando o caso.

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Número de CACs em SC

Em termos proporcionais à população, Santa Catarina foi o Estado que mais colocou armas de fogo nas mãos de pessoas com registro de CAC (a permissão concedida pelo Exército aos civis colecionadores, atiradores desportivos e caçadores) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Para cada 100 mil habitantes, 1.130 armas legais passaram a estar sob posse de catarinenses com essa certificação.

Ao todo, 82.955 novas armas foram colocadas à disposição de CAC’s no Estado desde 7 de maio de 2019, quando o decreto nº 9.785, assinado por Bolsonaro, facilitou o acesso a armamentos por civis. Os números foram identificados pela Polícia Federal (PF) a partir do recadastramento recém-imposto pelo governo Lula (PT) aos CACs que adquiriram armas justamente após esse decreto de flexibilização de Bolsonaro. O NSC Total teve acesso aos dados.

Em números absolutos, São Paulo (213.821), Rio Grande do Sul (114.594) e Paraná (103.259) tiveram mais armas recadastradas do que Santa Catarina. No entanto, se levada em conta a população de cada um, os três se mostraram menos armados: para cada 100 mil pessoas, eles tiveram 458, 999 e 890 novas armas nas mãos de CACs, respectivamente. 

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