O atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já lançou seu nome à frente no partido para ser pré-candidato à Presidência do Brasil em 2026, mas com polêmicas logo no evento de lançamento, que aconteceu nesta sexta-feira (4), na Bahia. O presidente do partido, Antônio Rueda, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), principais nomes da sigla, não marcaram presença no evento. Por outro lado, o cantor Gusttavo Lima compareceu por meio de uma videochamada. As informações são do g1.
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Esse não foi o evento oficial de pré-candidatura, já que o calendário estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê que as candidaturas só poderão ser registradas em 2026, ano em que se disputa de fato as eleições para presidente e governantes dos estados brasileiros. Porém, a ausência dos principais nomes do partido pode revelar disputas internas dentro do partido.
O maior representante do partido que esteve no evento foi o vice-presidente nacional e ex-prefeito ACM Neto, que ressaltou a “coragem” de Caiado “de fazer o debate”.
— Chegará a qualquer canto do país para enfrentar o PT, para dizer que não aceita e não tolera a inflação que hoje corrói o salário principalmente dos mais pobres. Dá dó de ver uma família ir à feira e o dinheiro estar contado — disse.
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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Paulo Azi (Uniao-BA), e o senador Sérgio Moro (União-PR) também estiveram presentes, assim como deputados federais, senadores e prefeitos, tanto da sigla quanto de outros partidos.
Pré-candidatura ameaçada
Caiado é considerado o candidato mais desconhecido pela população, segundo a pesquisa Genial/Quaest, entre os candidatos de oposição. Além disso, há outro fator que pode ameaçar a pré-candidatura do governador de Goiás: as negociações entre o partido e o PP para formar uma federação partidária, o que obrigaria o PP a concordar com a escolha de Caiado para a Presidência.
A ala mais governista do partido também não vê com bons olhos a pré-candidatura de Caiado neste momento, com o argumento de que pode atrapalhar o diálogo com o governo. Já a outra ala vê a decisão como nada certo, à espera de Jair Bolsonaro, que está inelegível, mas continua se apresentando como pré-candidato em 2026.
Caiado, por outro lado, disse que o partido está “aberto a todos que quiserem disputar a prévia”, mas que a decisão de lançá-lo não foi individual, e sim da própria sigla.
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— Quem tiver coragem, quem tiver independência moral, intelectual, se apresente. E quantos vierem. Não cabe ao presidente hoje tomar parte de um candidato A ou de um candidato B. Cabe a cada candidato não ficar dependendo da sombra de A ou de B. O candidato tem que se apresentar, ir para as prévias. É isso que o União Brasil está fazendo — destacou Caiado.
Pré-campanha
A pré-campanha de Caiado começou com o recebimento do título de “cidadão baiano” e com a defesa de temas como a economia, educação e, principalmente, segurança pública.
— Nunca passei a mão na cabeça de bandido. Nunca fiz concessão a bandidagem desde que me entendo por gente. Quando eu falo de segurança pública não é porque é apenas uma das responsabilidades de governador. Eu falo porque no estado democrático de direito quando se tem segurança pública se tem gestão plena. É um tema transversal. Quando eu assumi Goiás, o estado era a Disneylândia da criminalidade — apontou.
O governador de Goiás pode realizar discursos do tipo, mas não pode pedir votos diretamente.
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