O complexo Agroindustrial de Brasiléia, no interior do Acre, onde funciona o frigorífico Acre Aves Alimentos, registrou a perda de cerca de 70% da criação de frangos após uma onda de calor extremo na região. As informações são do g1

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O caso começou na na última segunda-feira (6),  quando o produtor Rosildo Freitas foi ao aviário e constatou que 350 frangos da criação que mantém junto ao cunhado estavam mortos.

Já na terça-feira (7), mais 100 animais foram encontrados mortos. As mortes continuaram ao longo de toda a semana, com mais 80 frangos mortos na quarta-feira (8), 150 na quinta-feira (9), e mais 300 na sexta-feira (10).

Nesse sábado (11), mais 90 animais morreram, o que leva as perdas a um total de 1.070 frangos perdidos, cerca de 70% da criação. A média das perdas ficou em cerca de 178 aves por dia.

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Freitas e o cunhado constataram que o forte calor na região foi a causa da morte, já que as instalações não contam com exaustores. Ao g1, o produtor relatou que a temperatura no aviário tem chegado a 42ºC. 

Mortes geram prejuízos para os produtores

De acordo com o produtor, a situação é delicada, pois a criação de aves é a única fonte de renda, já que a criação de peixes, que seria uma alternativa, também é prejudicada pelo calor.

—Tem uma quantidade que a gente pode perder e sobrar alguma coisa, mas já passou disso. Do nosso lote, vai chegar só 30%, o resto já foi embora. Tanto a instalação quanto a alimentação, é um investimento de uns R$ 10 mil, porque além de perder o trabalho, tem a energia, é muito caro, tem a mão de obra, que a gente continua pagando. E, para nós, só tem isso de renda, porque o peixe não come com esse tempo quente, o peixe não cresce. Então, nós estamos em uma situação bem delicada — conta.

O produtor conta ainda que não se lembra de tantas mortes causadas pelo calor terem acontecido no local em anos anteriores. Segundo ele, as temperaturas no município têm ficado entre 38ºC e 40ºC, e que a partir de 26ºC a produção pode começar a ter problemas. Nem durante a noite as temperaturas têm amenizado, diz Freitas. 

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*Sob supervisão de Diane Ziemann

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