O plenário da Câmara dos deputados rejeitou a cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta quarta-feira (10). A decisão ocorreu por 227 votos favoráveis, 170 votos contrários e 10 abstenções.

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Carla Zambelli foi condenada a dez anos de prisão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por ter comandado uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A parlamentar fugiu para a Itália em maio, e foi presa nos arredores de Roma dias depois. O pedido de extradição da deputada ainda não foi analisado pela justiça italiana.

CCJ aprovou cassação

Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Deputados aprovou a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) nesta quarta-feira (10), com o placar de 32 votos favoráveis e 2 contras.

A aprovação aconteceu após uma sessão conturbada. Mais cedo, o parecer que poderia livrar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) de ter o mandato cassado foi rejeitado. O relator do caso e responsável pelo parecer, Diego Garcia (Republicanos-PR), foi destituído do cargo, com a escolha do deputado Cláudio Cajado (PP-BA) para nova relatoria.

O parecer, rejeitado por 32 votos a 27, afirmava que não havia provas do envolvimento de Carla Zambelli nos ataques ao Conselho Nacional de Justiça. Diego Garcia também afirmava que a deputada era vítima de “perseguição política”. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por ter comandado uma invasão a sistema do CNJ.

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Além da prisão, o STF também determinou, na condenação, a perda imediata do mandato de Zambelli. Isso porque a Constituição prevê que parlamentares condenados criminalmente e que não possuem mais possibilidade de recurso podem ser cassados.

Caso Zambelli

A deputada foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo foi o fato de ter comandado ataque hacker e inserido documento falso com mandado de prisão de Alexandre de Moraes contra o próprio ministro no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No dia 3 de junho, Zambelli declarou que deixou o país para um “tratamento médico” e por ter cidadania italiana.

No dia 11 de junho, o Ministério da Justiça brasileiro solicitou a extradição da ex-deputada. A Corte também determinou a perda do mandato. A decisão do STF foi tomada após Zambelli ser acusada de invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023, em parceria com o hacker Walter Delgatti, que também está preso.

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