Canetas emagrecedoras estão cada vez mais populares no Brasil. Acontece que alguns modelos são proibidos no país, como a Lipoless. Uma pessoa acabou presa pela polícia após o medicamento ser encontrado na geladeira da casa dela, pronto para a venda. A prisão aconteceu na segunda-feira (8) em Mafra, cidade do Planalto Norte catarinense. 

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação, fabricação, venda, propaganda e uso de “canetas emagrecedoras” sem registro, como T.G.5, Lipoless, Lipoless Éticos, Tirzazep Royal Pharmaceuticals e T.G. Indufar. Esses produtos não têm registro no Brasil, ou seja, não passaram pela avaliação de segurança e eficácia da agência.

A partir de uma investigação, a Polícia Civil descobriu que uma pessoa armazenava a caneta emagrecedora Lipoless em casa e, depois, vendia o produto proibido. Ela foi presa em flagrante.

A investigada mantinha em depósito, para fins de venda, medicamentos importados irregularmente do Paraguai e sem qualquer registro na Anvisa, apontou a Polícia Civil. A ação que prendeu a suspeita ocorreu após um mandado de busca e apreensão ser expedido pelo Poder Judiciário.

Os policiais localizaram, na residência utilizada como ponto clandestino de venda, unidades de produto terapêutico de origem estrangeira e proibido para comercialização no Brasil. Os frascos estavam sem controle sanitário de origem e armazenados de forma precária.

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O ponto que mais chamou a atenção da equipe, segundo a Polícia Civil, foi a forma de armazenamento: os medicamentos estavam guardados na geladeira doméstica, ao lado de alimentos, compartilhando o mesmo espaço sem qualquer cuidado técnico. 

“Medicações como a apreendida exigem refrigeração adequada, temperatura controlada e ambiente exclusivo, condições que jamais podem ser supridas em uma geladeira comum”, apontou a Polícia Civil em nota.

Segundo a corporação, a situação representa grave risco à saúde pública, pois medicamentos irregulares podem conter substâncias desconhecidas, contaminação microbiológica, perda de eficácia ou até compostos tóxicos, já que não passam por qualquer verificação de segurança ou qualidade.

A pessoa investigada foi presa em flagrante e o material apreendido. “A Polícia Civil destaca que a repressão a esse tipo de comércio irregular é fundamental para evitar riscos severos à saúde da população e reforça que denúncias podem ser feitas pelos canais oficiais da Polícia Civil”, finalizou o órgão.

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