O pré-candidato ao Senado por Santa Catarina e vereador no Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, chamou de “crueldade” a rejeição ao pedido feito ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que ele pudesse visitar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, no dia do próprio aniversário, domingo (7). Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
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Em uma postagem em uma rede social, Carlos falou que foi impedido de ver o pai no dia do aniversário do vereador. O encontro, inicialmente, estava autorizado para esta quinta-feira (4), mas Carlos havia pedido para que alterar a data. Moraes negou o pedido pois as visitas são restritas às terças-feiras e quintas-feiras.
Carlos citou a família na postagem, afirmando que o irmão, Eduardo Bolsonaro, “talvez jamais volte a ver o pai”, em referência ao fato de que o deputado federal está no Estados Unidos, alegando estar no país americano como um exilado político. O vereador também citou a esposa de Eduardo e o filho do casal, neto de Bolsonaro.
A adolescente Laura, de 15 anos, fruto do relacionamento do ex-presidente com Michelle Bolsonaro, também foi citada no texto. Carlos disse que ela é “obrigada a encarar o pai por trás das grades, pagando por crimes que não cometeu, uma dor que nenhuma filha deveria carregar”.
“Ninguém sabe o que passa na cabeça do velho enquanto enfrenta, dia após dia, torturas silenciosas, psicológicas e morais que seriam capazes de dobrar qualquer ser humano. Não é possível que tanta maldade, tanta injustiça e tanta perversidade se prolonguem – e que a história aceite ser escrita assim, como se fosse normal, como se não estivéssemos destruindo vidas, memórias e futuros”, concluiu na postagem.
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Veja o que Carlos Bolsonaro falou
Por que Moraes negou o pedido de visita
Moraes alegou, na decisão que as visitas ao ex-presidente só podem acontecer às terças-feiras e quintas-feiras, das 9h às 11h, com duração de 30 minutos e limitação de dois familiares por dia, sempre de forma individual.
“Tais regras são obrigatórias e destinadas a garantir a segurança de todos na Superintendência da Polícia Federal, não cabendo ao custodiado escolher os dias e horários de visitação, uma vez que, encontra-se cumprindo pena privativa de liberdade por condenação penal definitiva”, diz a decisão.
Por que Bolsonaro foi preso
Bolsonaro foi preso de forma preventiva, primeiramente, por ter violado a tornozeleira eletrônica enquanto estava em prisão domiciliar como medida cautelar.
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Em 25 de novembro, o ex-presidente passou a cumprir a pena por participação no núcleo 1 da trama golpista, na Superintendência da Polícia Federal. Ele foi condenado por cinco crimes:
- Deterioração de patrimônio tombado;
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça.










