Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador do Rio de Janeiro e pré-candidato a senador por Santa Catarina, reiterou o apoio à candidatura da aliada Caroline de Toni (PL-SC) como companheira de chapa e insinuou que o governador Jorginho Mello (PL) poderia estar descumprindo um acordo na formação da aliança para as eleições de 2026. As afirmações foram feitas ao colunista do portal Metrópoles Paulo Capelli e divulgadas nesta quarta-feira (19).

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Segundo o colunista, Carlos Bolsonaro afirmou que o desejo do pai, Jair Bolsonaro, e da família é o de que as duas candidaturas do PL fiquem com ele e Carol de Toni. Também afirmou que o apoio a essa dupla deve permanecer mesmo que Carol precise trocar de partido.

Entenda o impasse sobre Carlos Bolsonaro em SC em 12 fotos

“A vontade do presidente Jair Bolsonaro e da família é que Carol de Toni permaneça no partido e que disputemos, juntos, as duas cadeiras ao Senado. Mas, mesmo que o governador [Jorginho Mello] insista em não cumprir o que foi acordado, estaremos apoiando a Carol do mesmo jeito”, afirmou Carlos.

Segundo ele, o combinado seria que Jair Bolsonaro escolheria um candidato ao Senado e Jorginho Mello, o outro. O ex-presidente teria optado pelo filho; já o governador teria escolhido Carol de Toni.

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Depois da conversa entre o ex-presidente e o governador, no entanto, Jorginho teria indicado a preferência por apoiar Esperidião Amin (PP-SC). Isso permitiria ampliar o grupo de partidos na coligação para disputar a reeleição em 2026 e, por consequência, o tempo da propaganda política na televisão.

Com os nomes de Carlos Bolsonaro e Amin favoritos para a chapa, Carol de Toni perdeu espaço e pode ter que deixar o PL para concorrer ao Senado por outro partido. A deputada já teve convites de legendas como o Novo para se filiar e disputar a vaga de senadora. Nesse contexto, segundo Carlos, a família Bolsonaro seguiria apoiando a atual deputada federal.

Mudança para SC

Carlos Bolsonaro também falou na entrevista sobre a previsão de mudança para Santa Catarina. Ele disse que deve renunciar ao cargo de vereador no Rio em 15 de dezembro e mudar o domicílio eleitoral para São José, na Grande Florianópolis. Atualmente, o título de eleitor dele permanece no Rio, mas ele precisa transferir o documento para Santa Catarina até o começo de abril do próximo ano, se quiser concorrer ao Senado pelo Estado em 2026.

Procurado pela nossa reportagem, o governador Jorginho Mello ainda não se pronunciou.