A credibilidade do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) é o que restou ao presidente Michel Temer, em meio às revelações da Odebrecht. Consciente de que a segunda lista de Janot trará nomes de ponta do núcleo político, Temer aposta o que tem na retomada da economia, mesmo que seja a passos lentos. Por isso a preocupação em levar adiante as reformas no Congresso, incluindo medidas do agrado do empresariado, como o projeto da terceirização.

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Embora esteja sem os seus principais escudeiros, Temer não quer dar sinais de que o seu governo está abalado. O destaque que Meirelles teve na reunião do Conselhão, onde algumas das lideranças do setor privado se encontram, não é à toa.

– O Brasil hoje já é um país que volta ao normal, um país que aprova reformas fundamentais – disse o ministro aos conselheiros, se adiantando aos embates no Congresso.

No jantar que houve no Palácio da Alvorada, líderes aliados foram intimados a defender a reforma da Previdência, grande desafio de Temer. Em contrapartida, o governo também foi cobrado e acusado pelos deputados de não se comunicar bem com a população. Alguma dúvida?

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Filantropia

Sindicatos do Ensino Privado já estão procurando o relator da reforma da Previdência na Câmara, numa tentativa de convencê-lo a manter as isenções às filantrópicas. O deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA) tem defendido com frequência o fim das desonerações.

Dia da Mulher

O presidente Michel Temer já precisou substituir oito ministros, mas a participação feminina continua pífia no Planalto. A mulher a ocupar a pasta mais importante é Grace Mendonça, na Advocacia-Geral da União (AGU).

Nos trilhos

Técnicos que trabalham no programa de concessões receberam uma encomenda: entregar até o final do mês um novo pacote de ferrovias em todo o Brasil. O governo quer apresentar mais uma rodada.