O caso de mãe e filha supostamente beneficiadas com contratações suspeitas pelo Samae de Pomerode para a coleta de lixo teve um novo capítulo nesta manhã de quinta-feira (13). A lista de envolvidos aumentou e agora inclui até uma servidora municipal. A Polícia Civil cumpriu seis mandados nas casas dos investigados, em Pomerode e Joinville, para encontrar mais provas.
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Nesta quinta, as buscas se concentraram em procurar materiais. Para o delegado André Beckman, os outros envolvidos teriam ajudado a tornar a contratação ilegal possível ao reunir orçamentos intencionalmente mais caros que aquele oferecido pela empresa investigada, além da adequação dos requisitos de habilitação técnica para beneficiar a contratada.
Agora, a equipe analisará as informações obtidas para tomar novos depoimentos e, então, concluir a investigação que começou no ano passado. Isso porque em maio de 2024 o Samae de Pomerode não renovou o contrato com a responsável pelo recolhimento do lixo na cidade desde 2022 e optou por chamar, sem licitação, outra empresa. Dos R$ 204 por tonelada de resíduo recolhido, a autarquia passou a pagar R$ 350, um aumento de 71%.
Veja fotos da operação
O provável superfaturamento chamou a atenção, assim como outro detalhe, revelou ainda o delegado: em 2021 o Samae também contratou uma empresa sem licitação, que pertencia à mãe da proprietária da companhia escolhida no ano passado. Ou seja, ela entrou em 2021 de forma provisória, venceu a licitação em 2022 e foi trocada pela empresa da filha de maneira emergencial em 2024.
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Não à toa, a operação foi batizada de Hereditarium, em alusão às empresas da mesma família, com registro em Blumenau e Rio do Sul. Em julho, na primeira fase, mandados foram cumpridos nas casas de empresários e servidores investigados.
Entre os nove suspeitos de três empresas e do Samae estão dois ex-servidores e uma servidora de carreira. Ninguém foi indiciado, mas o crime principal apontado pelo delegado é a contratação direta ilegal.
Contraponto
Em nota, a prefeitura de Pomerode reforçou que o Samae “é uma autarquia com administração independente. Contudo, a prefeitura de Pomerode está comprometida com a transparência e a integridade na gestão pública. A administração municipal permanece à disposição das autoridades competentes”, disse.
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