A lei que inscreve o nome de Antonieta de Barros no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que fica em Brasília, foi sancionada nesta quinta-feira (5). A sanção do projeto de tornar a primeira deputada negra do Brasil uma heroína foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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A catarinense nasceu em 1901 na antiga Desterro, atualmente Florianópolis. Antonieta de Barros foi a primeira integrante da sua família a concluir o ciclo completo de ensino. Como professora, ela fundou a própria escola, onde deu aula para adultos e moradores carentes. Uma das instituições por onde passou enquanto dava aulas na Capital carrega seu nome. Como jornalista, ela participava da imprensa em uma época onde era raro mulheres expressarem as opiniões.

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Em 1934, Antonieta foi eleita deputada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Um dos destaques da sua atuação na Alesc foi a criação do Dia do Professor, com feriado escolar em 15 de outubro, em Santa Catarina. Com o projeto de lei aprovado em 1948, o Estado foi um dos primeiros do Brasil a celebrar a data.

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— Antonieta de Barros foi uma personagem de grande importância na história de luta contra os preconceitos de cor, classe e gênero no Brasil — destacou o relator do projeto, deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), na época. A proposta foi feita pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).

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O nome de Antonieta de Barros foi aprovado para entrar no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados em junho de 2022. No entanto, apenas neste ano o projeto chegou na fase final de ser aprovada pelo presidente da república.

O Livro Heróis e Heroínas da Pátria é feito de aço e fica exposto no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. O memorial cívico está localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e homenageia aqueles que tiveram “grande relevância para a sociedade brasileira”.