O caso do empresário encontrado morto dentro de um buraco em uma obra no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, passou a ser investigado como homicídio pela Polícia Civil. As informações são do g1.

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou a informação nesta terça-feira (17). A mudança acontece depois que o Instituto Médico Legal (IML) concluiu o laudo pericial que indicou que Adalberto Amarilio Júnior teve uma morte violenta por asfixia. Em outras palavras, o documento traz a informação de que ele foi assassinado.

“O laudo do IML apontou que a causa da morte foi asfixia. Diante disso, a natureza do inquérito foi alterada para homicídio. Mais informações serão preservadas para garantir a autonomia do trabalho policial”, diz um trecho da nota divulgada pela pasta da Segurança.

A polícia investiga se Adalberto foi asfixiado por esganadura ou se ele sofreu uma compressão torácica. Nenhum suspeito do crime foi identificado até o momento. A morte do empresário aconteceu entre 36 horas a 48 horas antes de o corpo ser encontrado.

Até então, o ocorrido era investigado como “morte suspeita a esclarecer”. Não foi detectada a presença de álcool ou drogas no corpo de Adalberto. As informações divergem do relato de Rafael, amigo do empresário, que disse que se encontrou com ele no dia do evento, e que os dois tomaram cerveja e fumaram maconha. Ele foi a última pessoa que teve contato com a vítima, mas não é considerado suspeito, e sim uma testemunha que está colaborando com a investigação. Também não foram encontradas lesões traumáticas e nem indícios de violência sexual.

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Relembre o caso do empresário encontrado morto

O empresário Adalberto Amarilio Júnior sumiu no dia 30 de maio depois de ir a um evento sobre motociclismo no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O corpo dele foi encontrado em 3 de junho por um funcionário da obra dentro do buraco.

De acordo com a o laudo necroscópico feito pela perícia do Instituto Médico Legal, a causa da morte do empresário foi asfixia. Foram encontradas escoriações no pescoço de Adalberto, que sugerem uma possível esganadura cometida por outra pessoa. Ainda, é possível que alguém tenha comprimido o pulmão do empresário com o joelho.

Ele foi a última pessoa que teve contato com a vítima, mas não é considerado suspeito, e sim uma testemunha que está colaborando com a investigação.

Investigações da morte

O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa investiga a hipótese de que alguém colocou o empresário, de 35 anos, no espaço de 3 metros de profundidade por 70 centímetros de diâmetro. O corpo foi encontrado sem calça e sem tênis.

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O IML trabalha ainda em um laudo do DNA sobre o sangue encontrado dentro do carro de Adalberto, estacionado numa área proibida do kartódromo anexo ao autódromo, que ainda não ficou pronto. Espera-se que o laudo seja divulgado nessa semana. As manchas de sangue, contudo, podem não ter relação com a morte e já estar ali previamente, afirma a polícia.

Ele foi filmado ao chegar no evento e depois foi ao estacionamento onde deixou seu veículo. Ainda, enviou uma mensagem para a mulher dizendo que iria jantar em casa.

— Posso dizer que, com certeza, ele foi uma vítima de um crime. Ele jamais tiraria as calças e o sapato e entraria num buraco. Isso não tem sentido nenhum. Meu marido estava indo para o carro para vir embora. Alguém pegou ele nesse trajeto — afirmou Fernanda, esposa de Adalberto, em entrevista à TV Globo.

A polícia investiga a possibilidade de o empresário ter se envolvido em alguma briga quando foi buscar seu carro num local proibido para ir embora.

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— Nesse confronto, especula-se que a pessoa poderia ter pressionado Adalberto com o joelho ou sentado nas costas dele, causando uma compressão torácica e fazendo com que o empresário desmaiasse. Em seguida, ele teria sido jogado no buraco — disse a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, em entrevista à TV Globo.

Essa linha de investigação considera que Adalberto teria tentado atravessar uma área restrita, fechada para circulação. Dessa forma, ele poderia ter sido barrado por algum segurança, por exemplo.

Considerando profissionais do autódromo, do kartódromo e os especialmente contratados para o evento, 188 profissionais trabalharam naquela noite. A polícia pretende ouvir ao menos metade desse grupo. Até o momento, sete pessoas prestaram depoimento.

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