Produtores de hortaliças da Grande Florianópolis sofreram perdas consideráveis durante as fortes chuvas que atingiram a região nas últimas semanas. As plantações de alface, rúcula e morango foram as mais afetadas. A Ceasa de São José estima que a partir da próxima semana os produtos fiquem mais caros.
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No município de Antônio Carlos, entre os afetados, um agricultor perdeu cerca de 10 mil pés de alface após o excesso de chuva. A cidade foi a segunda mais atingida na Grande Florianópolis, segundo a Defesa Civil, com acúmulo total de 385 mm. Em entrevista para a CBN Floripa, nesta quarta-feira (17), o diretor técnico da Ceasa, Émerson Martins, explicou que será necessário adquirir os produtos de outros estados para suprir a demanda local.
— Estamos procurando informações de outras regiões, onde a produção não foi tão afetada, para trazermos esses produtos e não deixarmos faltar aqui na nossa região (…). Isso é importante, afinal temos restaurantes, hotéis e bares que dependem dos nossos produtos. Nas chuvas de outubro do ano passado, trouxemos alface do Rio de Janeiro, por exemplo — detalhou o diretor.
A expectativa é de que durante esta semana as hortaliças que sobreviveram às chuvas, e que serão comercializadas na Ceasa, apresentem uma qualidade inferior ao habitual. Segundo o diretor, a alface, por exemplo, chegará com manchas e defeitos em suas folhas. Já na próxima semana, com a chegada de produtos de outros estados, o preço vai aumentar.
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Outros fatores também devem encarecer os alimentos, como o aumento no preço da gasolina observado em postos da região e a situação das estradas de Santa Catarina que sofreram danos.
O cinturão verde da Grande Florianópolis
Dados da Epagri apontam que a produção de hortaliças, verduras, legumes e outros do gênero movimenta cerca de R$ 430 milhões na Grande Florianópolis a cada safra. Angelina é responsável por 31% da produção na região, seguido por Antônio Carlos (19%), Águas Mornas (15%) e Rancho Queimado (8%). Esses municípios formam o chamado “cinturão verde”, que abastece a demanda por alimentos da região metropolitana.
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