Com a chegada da primavera e o aumento gradativo das temperaturas, a Capital catarinense se prepara para a próxima temporada de verão, que inicia em dezembro. A expectativa é alta, especialmente para a recepção de um público: os chilenos.

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A via aérea tem sido a principal forma de chegada à Ilha de Santa Catarina para os chilenos, com aumento gradativo ano após ano. É o que mostram os dados fornecidos pela Prefeitura de Florianópolis ao NSC Total, que revelam que 220.883 passageiros já chegaram à Capital por esse meio de janeiro a junho. Em todo o ano passado, foram 311.966 turistas do país.

Os dados mostram que, em apenas seis meses de 2025, Florianópolis alcançou cerca de 70% do número de passageiros chilenos que chegaram à cidade por via aérea em 2024.

O aumento fica ainda mais perceptível quando comparados os números dos últimos três anos. Em 2022, foram 42.627 passageiros do Chile que chegaram a Florianópolis por via aérea. No ano seguinte, 2023, o número quase triplicou: foram 111.562 turistas na cidade. Com isso, de acordo com a prefeitura, a expectativa é que a cidade tenha, proporcionalmente, um número maior de chilenos do que no ano passado.

Vale reforçar que, no gráfico, o valor de 2025 corresponde apenas aos primeiros seis meses do ano.

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Tíquete médio também está atrelado ao meio de transporte

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Turismo, já foram 565.710 visitantes internacionais em Santa Catarina de janeiro a agosto de 2025, número maior que todo o ano de 2024, quando foram registradas 495.358 chegadas de outros países ao Estado. Os argentinos ainda lideram esse ranking, com pouco mais de 384 mil visitantes, mas para a próxima temporada, o Estado espera uma equiparação dos chilenos em território catarinense, principalmente Florianópolis.

— Não quer dizer que terá um número maior de chilenos que de argentinos, por exemplo, nós vamos ter proporcionalmente um número maior de chilenos do que o ano passado — aponta o Subsecretário de Turismo de Florianópolis, Renê Meneses.

Além disso, se espera que esses visitantes cheguem à Capital catarinense com maior ticket médio, ou seja, com mais dinheiro para gastar durante a estadia em Florianópolis. O Subsecretário de Turismo explica que essa expectativa se dá principalmente pelo meio de transporte utilizado pelos chilenos.

— Os chilenos vêm de transporte aéreo, então relativamente quem vem de transporte aéreo, consequentemente gasta um pouco mais, o ticket médio é mais alto do que o argentino, que vem de carro na maioria das vezes, então proporcionalmente a diferença é maior em relação ao chileno — diz.

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Para a próxima temporada, o Floripa Airport estima um fluxo de 500 mil passageiros entre o Chile e Florianópolis, com 57 voos semanais na temporada de 2025/2026. Na última temporada de verão, foram 800 voos originados no Chile, enquanto a Argentina somou 1.110 voos, número quase igual já no ano passado.

De acordo com a gerente executiva da associação empresarial Destino Floripa, Elaine Neves, que reúne empresas da Região Metropolitana de Florianópolis voltadas para o desenvolvimento socioeconômico por meio do turismo, Florianópolis acaba se tornando a porta de entrada desses turistas para o interior do Estado.

Expectativa de turistas a partir de outubro

O Destino Floripa estima que a vinda de turistas para Florianópolis acontecerá a partir de outubro. Porém, as ações do grupo para reforçar já iniciaram no começo deste semestre, com uma espécie de visita guiada proporcionada pela entidade a profissionais de turismo do Chile. O objetivo foi proporcionar aos participantes roteiros sobre a infraestrutura, os serviços e as experiências possíveis em Florianópolis.

Depois de ter passado por Garopaba, no Sul do Estado, conhecendo a história local e tradições do município, o grupo de profissionais de turismo visitou praias, a estrutura hoteleira e de gastronomia de Florianópolis, praticando atividades diversas em pontos turísticos da Capital, como sandboard nas dunas da Lagoa da Conceição, por exemplo.

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A associação também busca levar capacitação a agentes de turismo e operadores de viagem diretamente no Chile, como uma espécie de busca ativa, fornecendo informações sobre as potencialidades de Florianópolis e regiões próximas, como a gastronomia, cultura, esportes e sugestões de roteiros pela cidade.

De acordo com Mário Costa, presidente da Destino Floripa, além do turismo chileno, a aposta também será na abertura de mercado no Peru.

— Diversificar o turista evita a redução de visitantes em eventuais períodos de instabilidade econômica em países emissores, como já ocorreu com a Argentina, e desenvolve ainda mais o nosso turismo — afirma.

Ações para 2026

Para o próximo ano, o Destino Floripa quer dobrar as ações no Chile, com duas visitas ao país durante 2026, no primeiro e no segundo semestre do ano. São estimadas 25 ações do grupo em mercados nacionais e internacionais, com oito encontros no Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Peru, todos países com potencial de turismo em Florianópolis.

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Dentro do Brasil, a associação também quer buscar turistas em outros estados, como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

Hotéis e restaurantes

Na rede hoteleira e gastronômica, a expectativa também está alta. No Costao do Santinho Resort, por exemplo, o público chileno vem demonstrando maior interesse, segundo a diretora comercial e de marketing, Daniela Rocco.

— Especialmente em períodos de férias e datas comemorativas, e na temporada não será diferente. A proximidade geográfica, a facilidade de voos diretos para Santa Catarina e a busca por experiências completas de lazer e bem-estar fazem com que o Chile seja um mercado estratégico para o resort — afirma.

Para isso, o resort afirma que está preparando serviços e experiências especiais aos visitantes internacionais, como atendimento bilíngue, adaptação de cardápios e programação de lazer que valorizam a cultura brasileira.

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Balneabilidade das praias antes da temporada

Dos 91 pontos contabilizados pelo Instituto do Meio Ambiente, 23 foram considerados impróprios no último relatório de balneabilidade divulgado no dia 19 de setembro.

Na temporada passada, praias como a de Canasvieiras, chegaram a ter mais da metade dos pontos impróprios para banho. Atualmente, com a temporada ainda não tendo iniciado, um ponto do ponto turístico está impróprio na praia. Outros destinos famosos, como Jurerê Internacional estão totalmente próprios para banho.

Um ponto é considerado impróprio para banho quando em mais de 20% de um conjunto de amostras coletadas nas últimas 5 semanas anteriores, no mesmo local, for superior a 800 Escherichia coli por 100
mililitros ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros.