A tensão continua aumentando nas ruas de Urumqi, onde vários grupos de chineses da etnia han, armados com pedaços de paus e outros objetos, marcham por várias partes da cidade pedindo vingança e ameaçando linchar os uigures muçulmanos. Nas imediações do Hotel Hoitak, onde estão os jornalistas que cobrem o conflito étnico, cerca de 1.500 chineses han com pás e barras de ferro se concentraram para cantar o hino nacional chinês e marchas revolucionárias, com o objetivo de “linchar uigures”.
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Testemunhas asseguram que os uigures estão atacando bancos e comércios em diversos bairros da cidade, e que por isso nas entidades do centro de Urumqi é possível ver os funcionários na entrada, também armados com paus, dispostos a defender seu negócio. A situação na cidade é cada vez mais tensa, impera a lei marcial e chineses han e uigures protagonizam vários enfrentamentos.
Alguns habitantes da cidade dizem terem visto mortos e feridos também hoje, dois dias depois dos protestos que acabaram com 156 mortos e mais de mil de feridos.
As forças de segurança controlaram os distúrbios com bombas de gás, depois que centenas de manifestantes passaram a destruir lojas e veículos enquanto marchavam em direção ao centro da cidade.
A agência oficial Xinhua informou que os manifestantes estariam armados com pedras, paus e até facas e provocando o caos pelas ruas.
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Os protestos recomeçaram com um grupo de mulheres. Elas chegaram a cercar jornalistas estrangeiros autorizados por Pequim a cobrir as manifestações. Algumas se aproximaram dos policiais e tentaram impedir que a tropa progredisse pelas ruas, informou um porta-voz do governo regional.