A cobra encontrada pela dona de casa Maria da Graça Leite, 56 anos, enrolada dentro de um saco de alface orgânica em Florianópolis, não era venenosa. A espécie é conhecida como “jararaca dormideira” e não pertence à família das jararacas peçonhentas.

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Por volta de 21h de quarta-feira, dia 1º, Maria da Graça encontrou o filhote, de aproximadamente 50 centímetros, ao abrir a geladeira. Ela havia comprado o saco de alface naquela tarde e não percebeu a presença do animal quando lavou as frutas e guardou a alface na geladeira do apartamento que divide com a filha.

O Corpo de Bombeiros precisou ser convocado para remover a cobra, que já havia se desenrolado e passeava pela geladeira. O animal foi capturado e morto por volta das 21h15min.

Segundo o biólogo Jean de Souza, do Centro de Informações Toxicológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a jararaca dormideira e a verdadeira, que é peçonhenta, apresentam diferenças que permitem identificá-las.

A dormideira apresenta manchas em forma listras de tigre no corpo. A verdadeira tem manchas na forma da letra V invertida. Outra característica é a presença de um orifício na cabeça da jararaca verdadeira, entre o olho e a narina, chamado fosseta loreal.

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A jararaca dormideira se alimenta de lesmas, enquanto que a verdadeira come roedores. O biólogo acredita que o filhote estava no pé de alface procurando alimento.

Segundo ele, ao encontrar uma cobra, a pessoa pode tentar coletar o animal e levá-lo até o Centro de Informações Toxicológicas, que fica no Hospital Universitário. Para isso, o ideal é que a pessoa mantenha distância de no mínimo um metro, pegue um cabo de vassoura, envolva o animal por baixo e coloque-o em um vidro, tentando manter o máximo de distância possível.

Mais informações pelo telefone 0800 643 5252.