Uma das cobras mais venenosas do Brasil, a jararaca, foi encontrada em um galinheiro de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. Segundo o biólogo Gilberto Ademar Duwe, a serpente estava no local para caçar.

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Conforme o biólogo, o resgate já foi realizado há algum tempo, mas foi divulgado na quinta-feira (3) como forma de alerta para o aparecimento de cobras.

— Ela não vem atrás de galinhas e muito menos de ovos. Está aqui por outro motivo, caçar ratos. Aqui tem muita comida que acaba atraindo roedores e por consequência serpentes predadoras como essa jararaca aqui — revela o especialista.

Segundo Gilberto, as serpentes costumam se aproximar de locais com roedores por conta da alimentação fácil e, muitas vezes, acabam se aproximando de habitações humanas.

— Por isso, tenha muita atenção com isso. Cuidado com a presença de ratos em sua propriedade, o controle de roedores é a principal forma de evitar a presença de serpentes peçonhentas, como a jararaca, jararacuçu e cascavel. Agora, se você encontrar uma serpente como essa perto de casa, mantenha a distância e chame profissionais capacitados. Tentar capturar ou matar coloca a sua vida em risco e desequilibra a natureza — alerta o biólogo.

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Quais são as cobras mais comuns em SC

Veja o vídeo do resgate

Mais sobre uma das espécies de cobra mais venenosas do Brasil

De acordo com a Fiocruz, as serpentes da espécie da jararaca podem medir cerca de 1,20 metro. Pode se alimentar de ratos, pequenos roedores, rãs, sapos e lagartos. 

Segundo o Ministério da Saúde, o grupo que compõe a espécie das jararacas é o maior responsável por causar acidentes com serpentes no Brasil. Das picadas registradas no país em 2022, 69,3% eram da espécie que é bastante encontrada na região Norte de Santa Catarina.

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Entretanto, a espécie é muito importante para o ecossistema e até mesmo para a medicina. Além de fazer o controle de pragas, se alimentando de outros animais, a partir da peçonha da jararaca é possível extrair compostos utilizados na fabricação de medicamentos que tratam doenças cardíacas e circulatórias, aponta publicação do Governo Federal.

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