Uma comissão interna do Vaticano reprovou a possibilidade de que mulheres se tornem diáconas, cargo de hierarquia mais baixo da Igreja Católica. A maioria da comissão votou contra a mudança em uma votação interna, que seria a primeira ascensão de mulheres em posto hierárquico. As informações são do g1.

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Até hoje, a Igreja Católica proíbe a presença de mulheres em qualquer cargo de hierarquia, que incluem diáconos, padres, bispos, arcebispos, cardeais e o papa.

A decisão contrária, segundo o Vaticano, não é irreversível. A Igreja Católica “não descarta a admissão de mulheres ao diaconato”, diz em nota, mas atualmente “não é possível ‘formular um juízo definitivo, como no caso da ordenação sacerdotal'”.

“O estado atual da questão, tanto na pesquisa histórica quanto na investigação teológica, bem como suas implicações mútuas, descarta a possibilidade de avançar na direção da admissão de mulheres ao diaconato entendido como um grau do sacramento da Ordem”, declarou o Vaticano em comunicado.

Papa Leão XIV não mostra avanço em questões de gênero

O papa Leão XIV, que assumiu o papado em maio deste ano, tem demonstrado que não deve avançar muito em questões de gênero dentro da Igreja. A postura diverge de Francisco, seu antecessor, que tinha a participação das mulheres em cargos de comando como uma de suas bandeiras.

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Ao longo de seu papado, Francisco nomeou sete mulheres para cargos de média ou alta importância dentro do Vaticano e criou duas comissões para analisar se mulheres poderiam ser ordenadas a postos de diaconisas. Contudo, ele também apoiou a proibição de mulheres no sacerdócio, que foi imposta pelo papa João Paulo II em 1994.