Em Lages, a música virou uma ponte para o futuro. Criada para oferecer oportunidades a crianças e adolescentes da região, a Orquestra Jovem de Lages se tornou um dos mais significativos projetos de formação musical e inclusão social de Santa Catarina. Sob a direção do maestro André Chiomento, o grupo nasceu com um propósito claro: usar a arte como ferramenta de transformação de vidas.

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Hoje, 120 crianças e adolescentes participam gratuitamente das aulas e ensaios, aprendendo não apenas a tocar instrumentos, mas também a conviver em grupo, respeitar o tempo do outro e construir juntos algo maior. Para participar da orquestra não é necessário ter conhecimentos musicais prévios e nem possuir instrumentos, pois são cedidos pelo projeto.

Desde 2022 a orquestra vem se apresentando, encantando plateias e revelando talentos. Mas o maior espetáculo acontece nos bastidores: histórias de estudantes que encontraram na música uma nova motivação para estudar, sonhar e acreditar no próprio potencial.

Pesquisas e experiências em projetos socioculturais mostram que a música tem um poder transformador no desenvolvimento infantil. Ela desperta a concentração, melhora o desempenho escolar e fortalece a autoconfiança, elementos essenciais para que crianças e adolescentes acreditem em si mesmos. 

Na Orquestra Jovem de Lages, essa transformação acontece todos os dias. Entre partituras e ensaios, os alunos aprendem a lidar com desafios, a reconhecer o próprio progresso e a encontrar orgulho nas pequenas e nas grandes conquistas.

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Mais do que formar músicos, o projeto forma cidadãos conscientes do seu papel no mundo. A convivência coletiva ensina valores como disciplina, empatia e respeito, enquanto o contato com a arte amplia horizontes e desperta o senso de pertencimento. Cada melodia ensaiada é também um exercício de cidadania, uma forma de mostrar que, quando uma criança é ouvida, ela aprende a ouvir o outro e a transformar o lugar onde vive.

Desde o primeiro dia de aula, os estudantes já são integrados à orquestra, participando ativamente das práticas musicais enquanto aprendem a tocar seus instrumentos. Essa imersão é possível graças às metodologias de ensino coletivo e às composições adaptadas, que permitem aos alunos fazer música desde as primeiras aulas.

Sob a regência do maestro André Chiomento, a Orquestra Jovem de Lages se apresenta para o público. (Foto: Divulgação/Orquestra Jovem de Lages)

Programação anual

A Orquestra mantém uma intensa atividade artística e pedagógica durante o ano. São quatro grandes concertos e quatro recitais, chamados de “Café da Tarde Musical”, que integram a programação artística, totalizando oito apresentações disponíveis para a comunidade e totalmente gratuitas.

Na programação pedagógica, além das aulas e ensaios semanais conduzidos por professores especializados, o projeto promove duas masterclasses de instrumentos, com a participação de profissionais de renome nacional que ministram aulas intensivas em Lages. Também são realizadas duas masterclasses de orquestra, conduzidas por maestros convidados, que contribuem para o aperfeiçoamento técnico e oferecem aos estudantes a oportunidade de trocar experiências com diferentes referências do cenário musical brasileiro.

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Da partitura à cidadania: como a Lei de Incentivo transforma os pequenos músicos em futuros cidadãos


Além do impacto social, a orquestra também movimenta a economia criativa e o cenário cultural catarinense, consolidando Lages como um polo de formação musical através de projetos socioculturais reconhecidos nacionalmente.

O funcionamento da Orquestra é viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, o que permite que empresas destinem parte de seus impostos para manter viva essa iniciativa. É uma forma simples e poderosa de investir em cidadania, arte e educação.

A Lei de Incentivo à Cultura permite que empresas destinem parte do imposto de renda para apoiar projetos que geram impacto social real, como a Orquestra Jovem de Lages. Esse mecanismo transforma o ato de contribuir em uma forma concreta de investir em educação, arte e formação humana, garantindo que mais crianças e adolescentes tenham acesso ao aprendizado musical gratuito e de qualidade.

Empresas que tributam pelo Lucro Real podem destinar até 4% do Imposto de Renda devido para apoiar projetos culturais aprovados pela Lei de Incentivo à Cultura. Na prática, isso significa que o recurso que seria pago integralmente ao governo pode ser redirecionado para iniciativas que geram impacto social, sem custo adicional para a empresa.

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O processo é simples: basta escolher um projeto aprovado (como a Orquestra Jovem de Lages) e formalizar o apoio por meio do depósito do recurso em conta bancária aberta pelo Ministério da Cultura em nome do projeto. Após o depósito, o projeto emite o recibo de mecenato e o mesmo é deduzido do imposto a pagar. Além de contribuir para o desenvolvimento cultural e educacional do país, o patrocinador ainda fortalece sua imagem institucional, mostrando compromisso com a comunidade e com a formação de novos cidadãos.

Ao apoiar a cultura, o setor privado ajuda a escrever histórias que vão muito além dos palcos. Cada empresa que acredita nesse movimento participa da construção de uma sociedade mais sensível, criativa e colaborativa, onde jovens músicos aprendem, desde cedo, que disciplina, empatia e cooperação também fazem parte da harmonia.

Durante o ano de 2025, a Orquestra Jovem de Lages teve suas atividades viabilizadas com o apoio das empresas GTS do Brasil, CELESC, SCGÁS, ALUPAR, TAESA e Polpa Papéis.

Acesse aqui e acompanhe a Orquestra Jovem de Lages.