Um estudo recente, feito por pesquisadores da Universidade de Alicante, na Espanha, sugere que pelo menos duas das extinções em massa da Terra podem ter sido desencadeadas por explosões de estrelas próximas ao sistema solar. A pesquisa foi publicada em 24 de fevereiro deste ano no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

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A pesquisa aponta as supernovas, como é chamado o fenômeno, como as possíveis responsáveis pelos eventos de extinção do Devoniano Superior e Ordoviciano, que ocorreram aproximadamente há 372 e 445 milhões de anos, respectivamente. 

O evento Ordoviciano levou à extinção de 60% dos invertebrados marinhos, quando a vida era predominantemente oceânica, enquanto o evento do final do Devônico erradicou quase 70% de todas as espécies e alterou os ecossistemas aquáticos.

Pesquisadores da Universidade de Keele propõem que essas explosões cósmicas poderiam ter removido a camada de ozônio da atmosfera da Terra e ter induzido chuvas ácidas, além de expor à vida à radiação ultravioleta prejudicial do Sol.

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O que são supernovas?

Embora pesquisas anteriores tenham relacionado essas extinções a diminuição da camada de ozônio, nenhuma causa definitiva havia sido identificada. As novas descobertas, publicadas na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, revelam que o tempo das supernovas próximas coincide com esses eventos de extinção, reforçando a hipótese de que as explosões cósmicas desempenharam um papel importante na extinção da vida na Terra.

“As explosões de supernovas trazem elementos químicos pesados para o meio interestelar, que são então usados para formar novas estrelas e planetas. Mas, se um planeta, incluindo a Terra, estiver localizado muito perto desse tipo de evento, isso pode ter efeitos devastadores”, explicou o líder da pesquisa, Alexis Quintana, ex-integrante da Universidade de Keele e atualmente na Universidade de Alicante, em entrevista ao Space Daily. 

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