Um homem foi preso em Florianópolis por participar de um esquema de golpe aplicado por estrangeiros que fingiam ser o ator norte-americano Dwayne Johnson, o “The Rock”, na internet. De acordo com a Polícia Civil, ele era o operador financeiro do grupo, que conta com uma rede internacional.
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Deflagrada na manhã desta quinta-feira (4), a operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão, sendo um em Florianópolis e outro em Itajaí, além da prisão preventiva do suspeito e do bloqueio judicial de valores dos suspeitos.
Natural de Benin, na África, o suspeito morava no bairro Itacorubi, conforme a polícia. O nome dele não foi divulgado.
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Para aplicar o golpe, o grupo aliciava pessoas no TikTok, com o perfil falso do ator. As vítimas, eram avisadas que teriam sido contempladas com um suposto prêmio internacional de 800 mil euros, mas precisavam pagar supostas taxas de custos da entrega.
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O grupo também enviava documentos falsificados, fotos de pacotes lacrados, mensagens em inglês e supostos comprovantes de entregas internacionais. Uma vítima, moradora de Brasília, perdeu mais de R$ 11 mil.
Outra vítima, de Minas Gerais, teve perdas de aproximadamente R$ 80 mil, confirmando que o esquema operava reiteradamente e em diversos estados, informou a Polícia Civil. Há indícios de mais vítimas, que serão identificadas após a análise técnica dos dispositivos apreendidos.
Conforme a Polícia do Distrito Federal, responsável pela investigação desde setembro, o homem preso em solo catarinense exercia o papel de intermediário financeiro e logístico, realizando recebimentos, movimentações via Pix e suporte operacional ao núcleo estrangeiro.
Na ação em Itajaí e Florianópolis, os policiais apreenderam aparelhos telefônicos e dispositivos eletrônicos, que serão submetidos à perícia. O investigado responderá por estelionato eletrônico, cuja pena é de quatro a oito anos de reclusão, além de multa.
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As investigações começaram em 2025 e mostraram que o grupo atuava de forma estruturada e transnacional. A Polícia Civil do DF analisou dados telemáticos que demonstrou que os acessos às contas usadas nos golpes eram realizados a partir de um país africano, conforme verificado pelos endereços IP registrados no continente.
*Sob supervisão de Luana Amorim






