Conhecido como “Rei do Ovo”, o empresário de Santa Catarina Ricardo Faria chamou a atenção por processar a rede de lavanderias 5àsec após um suéter de cashmere de cerca de R$ 13 mil, da marca Loro Piana, ter encolhido, de acordo com informações da revista Piauí. No processo, o empresário pediu o reembolso do valor da peça e uma indenização por danos morais “não inferior a R$ 5 mil”.
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Fundador e presidente do conselho da Granja Faria, sediada no município de Lauro Müller, em Santa Catarina, Ricardo Faria é dono de uma das maiores empresas produtoras de ovos comerciais, férteis e pintos no Brasil, o que o rendeu o título de “Rei do Ovo”.
Em 2024, Faria estreou na lista de bilionários da Forbes, na 21ª posição. Atualmente, ele tem fortuna estimada em R$ 17,45 bilhões, conforme a revista.
Nascido no Rio de Janeiro, Ricardo Faria veio para Santa Catarina quando criança após o pai médico e a mãe engenheira virem trabalhar em Criciúma. Ele fez intercâmbio nos Estados Unidos e cursou agronomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Um dos orgulhos de Ricardo Faria, segundo a colunista Estela Benetti, é nunca ter tido uma carteira de trabalho. Isto porque ele sentiu o gosto da liberdade de ser empreendedor ainda criança, quando decidiu pilotar o carrinho de picolé sem pedir autorização aos pais, na praia, durante as férias escolares.
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— Eu ganhava cerca de um salário mínimo por final de semana. Aí pensei: não preciso trabalhar para ninguém. Vou trabalhar para mim. Não tenho carteira de trabalho até hoje — afirma ele ao revelar que poupou tudo o que ganhou.
Em 2017, o empresário era o maior acionista da Lavebras, lavanderia industrial com mais de 70 unidades no Brasil. Contudo, vendeu a empresa no mesmo ano por R$ 1,3 bilhão. Com negócios em todo o país, incluindo outras empresas, Ricardo se dedica ao associativismo, como presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav).
Somente a empresa Granja Faria, que tem sede em Santa Catarina e atuação nacional, produz cerca de 16 milhões de ovos por dia.
O “Rei do Ovo” reside em São Paulo para facilitar a liderança de uma empresa com atuação nacional. Os pais, já aposentados, seguem em Criciúma e as duas irmãs, uma médica e outra dona de cartório de imóveis, também moram em Santa Catarina.
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Veja fotos do empresário
Saiba mais sobre o caso do suéter
Ricardo Faria processou a rede de lavanderias 5àsec após um suéter de cashmere da marca Loro Piana ter encolhido durante o serviço de lavagem, segundo informações são da revista Piauí.. A peça, adquirida em Nova York por US$ 2.373,48 (cerca de R$ 13 mil na cotação atual), foi enviada para a unidade da empresa em Alphaville, na Grande São Paulo, em 2023. Ao recebê-la de volta, Faria constatou que o item havia reduzido de tamanho.
Na ação, o empresário, cuja fortuna é estimada em R$ 17,45 bilhões pela revista Forbes, pediu o reembolso do valor do suéter e uma indenização por danos morais “não inferior a R$ 5 mil”. Seus advogados argumentaram, conforme trechos do processo divulgados pela Piauí, que o incidente causou “dor, mágoa e tristeza infligidas injustamente”. Fotos anexadas ao processo mostram a peça verde-clara visivelmente apertada e com o comprimento reduzido.
A lavanderia alegou não ter conseguido avaliar os danos no suéter, visto que Faria não o cedeu para uma perícia. “A ré, em síntese, alega que o autor não autorizou a retenção do vestuário para análise”, aponta o documento. “Infelizmente, o mundo não gira em torno do umbigo do requerente”.
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Aberta desde junho de 2023, a decisão saiu em junho deste ano a favor de Faria. A juíza da Comarca de Barueri, Fabiana Tsuchiya, determinou que a empresa pagasse a peça, mas rejeitou a indenização por dano moral. “Não vislumbro a dor ou forte abalo psíquico”, disse a magistrada, afirmando que o ocorrido foi um “mero aborrecimento”.
A 5àsec pediu para parcelar o valor, dando 30% de entrada e o restante em seis meses. À piauí, a empresa ressaltou que o empresário continua seu cliente.
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