Nesta sexta (15), o presidente dos EUA, Donald Trump, irá encontrar pela primeira vez o presidente da Rússia, Vladimir Putin, desde o início da guerra na Ucrânia. Os dois se reúnem em uma base militar no Alasca, em um encontro que pode “selar a paz mundial”, como espera Putin, mas que também pode minar as chances de um fim próximo para o conflito. As informações são do g1.
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A reunião, marcada para as 16h (horário de Brasília), ocorrerá sem a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, a exclusão de Zelensky ocorreu porque partiu de Putin a ideia do encontro com Trump.
A cúpula começará apenas com Trump e Putin, acompanhados por intérpretes. Após uma hora a sós, as comitivas se juntarão às discussões. No final, os líderes darão uma coletiva para revelar os resultados do encontro.
Este será o primeiro encontro a sós entre os dois desde 2018. Na ocasião, quando a cúpula bilateral tratou de acusações de interferência russa nas eleições dos EUA, Putin conseguiu convencer Trump, que saiu do encontro defendendo a versão do Kremlin e contradizendo a própria CIA, que dizia ter provas de que Moscou interferiu no pleito norte-americano.
Na imprensa norte-americana, a avaliação é que, desta vez, um Trump mais autoritário e experiente pode bater de frente com o homólogo russo. Contudo, como disse o próprio Trump, “nada está garantido”.
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Embora tenham trocado críticas e ameaças nos últimos meses, tanto Trump como Putin sinalizaram, na véspera da reunião, estar esperançosos que será um bom encontro. O líder russo elogiou os “esforços sinceros” de Washington para solucionar a guerra na Ucrânia e disse achar que o cara a cara com Trump pode selar a “paz mundial”, mas ponderou que isso só ocorrerá caso haja um acordo para restringir o uso de armas estratégicas, incluindo as nucleares, já sugerindo uma tentativa de barganhar algo em troca de um cessar-fogo na Ucrânia.
Trump, por sua vez, disse que “acho que ele (Putin) fará um acordo”, mas admitiu que “nada está garantido. Será como uma partida de xadrez”. Trump afirmou ter calculado em 25% as chances de o encontro “terminar mal” e adiantou a necessidade de uma segunda reunião com o mandatário russo. Seu secretário de Estado, Marco Rubio, também afirmou que, embora esperançoso, “em última instância, caberá à Ucrânia e à Rússia concordar pela paz”.
O debate sobre as regiões ocupadas pela Rússia na Ucrânia será central. Nenhum dos lados demonstrou disposição de ceder território. Zelensky, excluído da reunião, assegurou que nenhum acordo será fechado sem a autorização de Kiev.
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