O Banco Central do Brasil (BC) rejeitou a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), segundo comunicado divulgado pelo BRB na noite de quarta-feira (3). O banco disse ter solicitado acesso à íntegra da decisão da autarquia, a fim de “avaliar seus fundamentos e examinar as alternativas cabíveis”. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
O BRB defendeu a aquisição como estratégica. “O BRB reitera seu posicionamento de que a transação representa uma oportunidade estratégica com potencial de geração de valor para o BRB, seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional”, diz o texto.
Em nota, o Banco Master também informou que aguarda ter acesso à íntegra do documento. “O banco continua confiante na sua estratégia e na sua operação, que fizeram com que se destacasse num mercado altamente concentrado”, diz a instituição.
Até a última atualização desta reportagem, o Banco Central não havia se manifestado publicamente sobre a decisão.
Entenda a aquisição
O aquisição foi anunciado em março, quando o conselho de administração do banco estatal aprovou um contrato de compra e venda de ações do Master. O acordo previa que o BRB adquirisse 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.
Continua depois da publicidade
A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia dado o aval à operação em junho. O BRB é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal (71,92%).
A negociação é acompanhada pelo Ministério Público do DF. Após questionamentos do MP, a Justiça determinou que a compra fosse aprovada pela Câmara Legislativa. No mês passado, o governador do DF, Ibaneis Rocha, sancionou o aval da Casa à aquisição do Banco Master pelo BRB.
O Banco Master cresceu nos últimos anos, mas com uma estratégia de captação de recursos considerada arriscada por analistas do mercado. O banco oferecia Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com taxas muito acima das praticadas por outras instituições, atraindo investidores com base na proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A prática levou o BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) a aprovar, no mês passado, novas regras sobre o FGC.
Leia também
Liderança da Hering sai das mãos de herdeiros da família fundadora após 145 anos

