Qual o tamanho e quanto pode pesar um cacho de bananas? Um concurso feito em Balneário Piçarras elegeu o maior cacho da cidade. O vencedor era tão pesado quanto um ser humano, aponta a Epagri, pesando 73 quilos. A competição ocorreu no último fim de semana, com apoio do órgão.

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Participaram da 2º Exposição de cachos de banana dos produtores de Balneário Piçarras 38 produtores no município. O cacho mais pesado de banana caturra alcançou 73,1 quilos, produzido por Adenilson Antunes Ramos, da comunidade de Rio Novo. Na categoria prata, o vencedor foi Marcelo Feltrin, de São Brás (36,2 quilos).

— Tinha cacho com 14 pencas. Com certeza, esse deve ter passado de um metro — diz o pesquisador e engenheiro-agrônomo Ricardo Negreiros, que integrou o júri junto com outros três pesquisadores da fruticultura da Epagri Itajaí: Ramon Scherer, Luana Castilho Maro e Fabiano Bertoldi. 

— O produtor do cacho mais pesado disse que é um cacho padrão do seu bananal, acima de 70 quilos, isso chama a atenção — reforçou Ramon. 

Também fizeram parte do júri o gerente regional da Epagri Joinville, Hector Haverroth, os técnicos agrícolas Ingomar Seidel, Ricardo Grejianin e Adriano Bondan, e o extensionista Bruno Salvador, de Luiz Alves. O extensionista rural Eraldo Monteiro ficou a cargo da organização do evento junto com a Associação de Bananicultores de Luiz Alves (Abla), pioneira neste tipo de competição, e a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Piçarras.

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À procura do cacho de bananas perfeito

Mas como eleger um cacho de banana campeão? Para analisar a qualidade da fruta os critérios se baseiam na aparência, sanidade, manejo, comprimento e diâmetro da fruta. Cada cacho recebia um número e os jurados escolheram, na primeira etapa, os 10 melhores. Depois da contagem dos cachos mais citados, chegaram aos cinco melhores.

Os jurados ficaram atentos a defeitos como restos florais na ponta de cada fruto, dano e manchas causado pelo manejo inadequado e maturação precoce. O presidente da Abla, Bertolino Vilvert, disse que a fruta no inverno vai ser sempre mais magra que no verão, e ter vincos que podem parecer estranhos ao consumidor final, mas não são necessariamente um defeito. Segundo ele, pior é quando já está amadurecendo, pois tem menor vida útil.

A pesquisadora Luana Maro chamou a atenção sobre cachos que tinham a primeira penca com desenvolvimento diferenciado. 

— Quando a penca tem uma banana pra lá e outra pra cá, dificulta a colocação na caixa de transporte — explica.

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Na categoria Caturra, os vencedores foram Adilson Lourenço Antunes Ramos (Rio Novo),  Marcos Alexandre Vilvert (Rio Novo), Luis Felipe Habitzreiter (São Brás), José Vilvert (Rio Novo) e Fábio Bittencourt Bettoni (São Brás). Na categoria Prata, também conhecida como branca, levaram a melhor Aline Maria Kons Rech (Nossa Senhora da Conceição), Alcir Leonardo Rech (Nossa Senhora da Conceição) e Marcelo Feltrin (São Brás). 

Na próxima quinta-feira (17) será a vez dos bananicultores de Luiz Alves competirem pela taça de melhor cacho. Será a 30ª edição do evento, que integra a Festa Nacional da Cachaça (Fenaca), criada dois anos antes. Lá, serão três categorias, além da prata e caturra, será premiada o destaque de variedade.

— São bananas que o produtor tem na propriedade, mas não são comerciais, como a banana da terra, coco, figo, maçã e roxa — explica a engenheira-agrônoma da Abla, Bianco Schappo. A expectativa é que mais de 200 bananicultores participem da competição.

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