O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriu na manhã desta terça-feira (12) sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Macieira, Videira, Treze Tílias e Arroio Trinta. A Operação Cátedra apurar fraudes em um concurso público feito pela Prefeitura de Macieira.
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De acordo com o Ministério Público (MP-SC), há indícios de fraude em várias etapas do processo seletivo, desde a escolha da banca examinadora até a homologação dos aprovados. Segundo as apurações, há suspeitas de favorecimento a candidatos com ligações diretas com a gestão municipal.
Durante as buscas, foram encontradas duas armas de fogo, um silenciador e munições irregulares, resultando na prisão em flagrante de duas pessoas por posse ilegal. A Polícia Científica de Santa Catarina participou da ação para garantir a preservação das provas coletadas.
O nome da operação faz referência ao termo “cátedra”, que vem do latim cathedra (cadeira ou assento). No contexto de concursos públicos, a expressão remete à estrutura responsável pela elaboração e aplicação das provas. A investigação apura se houve vazamento prévio de questões ou manipulação de resultados para beneficiar certos candidatos.
O Gaeco é uma força-tarefa do Ministério Público de Santa Catarina, composta por Polícia Civil, Militar, Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros, com o objetivo de combater organizações criminosas.
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As investigações seguem em sigilo, e novas informações devem ser divulgadas após a publicação dos autos do processo.
Em nota ao NSC Total, a prefeitura de Macieira disse que o concurso público ocorreu em 2024, na gestão anterior e que o caso encontra-se sob análise do Poder Judiciário.
O que diz a prefeitura de Macieira
“A Operação Cátedra, conduzida pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pelo Ministério Público, está relacionada a um concurso público realizado no ano de 2024 no município de Macieira, sob a responsabilidade integral do gestor anterior.
A atual administração, também identificou irregularidades e ilegalidades, agora apontadas pelo Ministério Público, onde determinou a instauração de Processo Administrativo específico, conduzido por Comissão Especial designada, resultando na ANULAÇÃO do Concurso Público. Todos os documentos produzidos no Processo conduzido pela Comissão Especial foram remetidos para a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador/SC.
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Atualmente, o caso encontra-se sub judice, ou seja, sob análise do Poder Judiciário.
É importante destacar que a operação em questão, por hora, não incluiu ações de busca e apreensão na Prefeitura Municipal, portanto, a administração atual não possui informações mais detalhadas sobre a operação, até porque tramita em “sigilo”, perante o GAECO.
Por hora, é o que podemos informar aos meios de comunicação e população.“
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