A fotografia mudou a forma como registramos eventos históricos. Desde sempre, os humanos gostam de capturar momentos em imagens, desde pinturas rupestres até quadros e telas pintadas. Contudo, a fotografia permitiu, com uma câmara, capturar momentos, seja de maneira artística ou jornalística. 

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Assim como em qualquer outra área, a fotografia foi dominada por homens, mas as mulheres foram conquistando seu espaço. Com o tempo, algumas fotógrafas se tornaram notórias e estão entre as principais do ramo e mais influentes do mundo. Neste dia 8 de janeiro, para celebrar o dia do fotógrafo, confira as 15 principais do mundo.

As principais e mais influentes fotógrafas do mundo

Constance Talbot 

Todo mundo que se interessa pela história da fotografia reconhece o sobrenome Talbot. E muito disso por conta de Constance Talbot, nascida em 1811, é considerada a primeira mulher responsável por tirar uma fotografia. Além disso, ela ajudou seu marido Henry Fox Talbot no desenvolvimento do primeiro negativo fotográfico da história, um dos primeiros passos para a invenção da foto.

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Gioconda Rizzo

Nascida em 1897, Gioconda Rizzo é considerada a primeira mulher fotógrafa do Brasil. Descendente de italianos, ela era filha de Michelle Rizzo, um homem que era dono de um grande estúdio de fotografia em São Paulo. Aprendeu sozinha e trabalhou tanto com o pai quanto com seu próprio estúdio, onde criou um enquadramento famoso para sua época, onde as mulheres só expunham o rosto e os ombros. 

Alice Austen

Nascida em 1866, Alice Austen quebrou paradigmas ao ser a primeira fotojornalista mulher do mundo, antes que o termo sequer tivesse sido cunhado. Isso porque Austen saiu do estúdio e decidiu fotografar na rua, atitude que garantiu um acervo de quase 8 mil fotos que documentam o crescimento de Nova Iorque. Conforme o site do museu da fotógrafa, Alice Austen foi uma rebelde por natureza que quebrou regras sociais e comportamentos tidos como aceitáveis para mulheres.

Abertamente lésbica, o “Alice Austen House Museum” é localizado na casa onde ela sua parceira Gertrude Tade viveram por 30 dos 56 anos que estiveram juntas. Além de reunir exibições do acervo da fotógrafa, a casa é reconhecida como um local da história LGBTQ+ dos Estados Unidos da América, antes mesmo dos eventos de Stonewall.

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Madalena Schwartz

Nascida em 1921 na Húngria, Madalena Schwartz viveu em São Paulo. A mulher se tornou uma das poucas na Escola Paulista, que revolucionou a fotografia no Brasil, e se desenvolveu no Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB). O interessante é que ela sempre tinha uma lavanderia e só começou a fotografar aos 45 anos. Seu grande destaque foram os retratos de famosos como Darcy Ribeiro, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e Ney Matogrosso.

A obra de Madalena Schwartz, com 16 mil negativos em preto e branco e 450 cromos, foi adquirida em 1998 pelo Instituto Moreira Salles (IMS). ua obra adquirida pelo IMS em julho de 1998. Compõe-se de 16 mil negativos em preto e branco e 450 cromos

Gertrudes Altschul 

Nascida em Berlim na Alemanha, Gertrudes Altschul veio para o Brasil fugindo do regime nazista no ano de 1939. Também fez parte do FCCB a partir de 1952. Assim como toda a Escola Paulista, ela buscou romper com as técnicas clássicas através de um foco em composições geométricas.

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Viviane Maier

Viviane Maier nasceu em Nova Iorque, mas passou boa parte da juventude na França. Em 1951, ela voltou para sua cidade natal onde trabalhou como babá. Era fotógrafa por hobby, e a fama de suas mais de 100 mil negativos só veio após a morte em 2007, onde foi reconhecida a relevância dos registros. 

Graciela Iturbide 

A mexicana Graciela Iturbide, nascida em 1942, começou a carreira como cineasta, mas com o passar do tempo e influência de um professor, passou a ser fotógrafa. Posteriormente, foi contrada pelo Instituto indigenista de seu país para fotografar os povos nativos do México, trabalho em que ela se notabilizou ao registrar a cultura e seus hábitos. Ao longo de sua carreira, conquistou diversos prêmios e sua última exposição foi em 2013, na Cidade do México.

Annie Leibovitz

Considerada uma das fotógrafas favoritas dos famosos, Annie Leibovitz passou a trabalhar na revista Rolling Stone no ano de 1971. Foi ali que tirou uma das maiores fotos da história da música: John Lennon abraçando Yoko Ono, o que virou capa da lendária revista.

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Em entrevista ao Dasartes, a fotógrafa explicou como essa fotografia adquiriu um novo significa após ser tirada: “A fotografia foi tirada no final da tarde em um cômodo de seu apartamento com vista para o Central Park. Eles planejaram se encontrar comigo mais tarde para revisar as fotografias, mas, naquela noite, enquanto voltavam para casa de uma sessão de gravação, um fã perturbado atirou e matou John”.

Elza Lima

Natural de Belém do Pará, Elza Lima se tornou um grande expoente da fotografia paraense e de todo o norte do país. Ela fotografa desde 1984, capturando o interior da Amazônia, misturando sonhos de infância com culturas, mitologias e histórias do local.

A fotógrafa brasileira acumula mais de 10 prêmios e tem sua obra exibida no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Além disso, já expôs seu trabalho nos Estados Unidos (Nova York), Espanha e França, Suíça, Alemanha e Portugal

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Sabine Weiss

Nascida na Suíça em 1924, Sabine Weiss se consolidou como uma das fotógrafas mais famosas da história. Sua escola era a fotografia humanista, que se propunha a retratar a vida simples das pessoas. Em uma entrevista ao jornal La Croix, ela afirmou: “Nunca pensei que estivesse fazendo fotografia humanista. Uma boa foto deve comover, estar bem composta e desnuda”.

Em 2017, a fotógrafa legou cerca de 200.000 negativos e 7.000 folhas de contato para o Museu do Eliseu, em Lausanne. Sabine Weiss morreu em 2021, aos 97 anos.

Elisa Miralles 

Elisa Miralles é engenheira química de formação, mas fotografa desde 2007. Ela já ganhou diversos prêmios e ministra cursos de fotografia. Segundo o site oficial da fotógrafa, ela busca demonstrar a forma como as pessoas se relacionam entre si e entre o contexto social que estão inseridas, tando de forma física como emocionalmente.

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Elisa Miralles também busca explorar temas como construção de identidade, estereótipos e gênero e afirmou que: “A fotografia é minha arma, meu escudo e meu maior ato de sinceridade”.

Angelica Dass

Angelica Dass é uma fotógrafa brasileira que vive na Espanha. Atualmente, ela combina fotografia, pesquisa sociológica e paticipação pública na luta e na defesa dos Direitos Humanos. Seu trabalho mais recente é o “Humanæ” que, segundo o site da fotógrafa: “é uma reflexão invulgarmente direta sobre a cor da pele, tentando documentar as verdadeiras cores da humanidade em vez das etiquetas falsas “branco”, “vermelho”, “preto” e “amarelo” associadas à raça”.

Neste projeto, Angelica Dass já tirou mais de 4 mil imagens, espalhadas por 36 cidades de 20 países. Além do “Humanæ”, a fotógrafa possui outros nove projetos fotográficos.

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Aida Muluneh

Aida Muluneh nasceu na Etiópia em 1974 e passou boa parte de sua infância e adolescência no Canadá, onde conheceu a fotografia durante seu ensino médio. O que era um hobby transformou-se em uma carreira profissional e ela chegou a trabalhar para o Washington Post como fotojornalista. Posteriormente, seu estilo de fotografia afrofuturista que incorpora pinturas corporais passou a ser sua marca como fotógrafa artista.

Além disso, Aida Muluneh fundou e organiza o Addis Foto Fest, primeiro festival internacional de fotografia da África Oriental. Ela também criou o Africa Foto Fair, com o objetivo de aproximar o mundo de seu continente de origem por meio das imagens.

Hannah Whitaker 

Hannah Whitaker nasceu em Washington em 1980 e utiliza a fotografia como ferramenta para suas composições artística. Radicada em Nova Iorque, ela utiliza fotografia analógica e manipulação, o que faz com que suas fotos lembrem colagens. Além disso, Hannah Whitaker utiliza cenários com elaboradas estruturas de iluminação para compor a imagem, criando fotografias que desafiam a coerência visual.

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Tsion Haileselassie

Por fim, o último nome das principais e influentes fotógrafas do mundo é Tsion Haileselassie. Ela nasceu na Etiópia, sendo um grande nome da nova geração de fotógradas. Tsion busca captar o dia a dia de sua cidade natal, Addis Ababa, principalmente os momentos que seriam rapidamente esquecidos.

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