Saiu, na noite deste sábado, a punição da Conmebol ao Boca Juniors depois dos incidentes ocorridos na Bombonera na última quinta-feira, quando o time da casa e o River Plate se enfrentavam pelas oitavas de final da Libertadores da América.

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Como se esperava, a entidade máxima do futebol sul-americano decidiu pela eliminação da equipe xeneize da competição. O resto da punição imposta, entretanto, decepcionou aqueles que esperavam alguma medida exemplar por parte da entidade.

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O Boca foi condenado a atuar em quatro jogos com portões fechados quando for seu mando de campo e a outros quatro, quando jogar fora, sem a presença de sua torcida em competições organizadas pela Conmebol. Além disso o clube terá que pagar uma multa de US$ 200 mil. Com a decisão, o River Plate passa automaticamente para as quartas de final da Libertadores e enfrenta o Cruzeiro.

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O presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici, se reuniu na tarde deste sábado com o presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout.

A reunião entre os dirigentes aconteceu na sede administrativa da Conmebol, em Luque, perto de Assunção, no Paraguai, onde desde cedo dois dirigentes do clube argentino, entre eles o secretário-geral César Martucci, defendiam uma redução de uma provável suspensão. A Fifa pediu que a punição fosse exemplar.

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A Conmebol deu ao Boca até as 15h, horário de Brasília, deste sábado, para apresentar sua defesa e esperava-se que o Tribunal de Disciplina informasse o veredicto imediatamente após esse prazo, diante da gravidade dos acontecimentos.

– Qualquer que seja a decisão, seremos prejudicados – já havia declarado Angelici, em coletiva de imprensa na sexta-feira, em Buenos Aires.

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À espera do veredicto da Conmebol, vários torcedores do Boca permaneceram em frente à sede da entidade e, em conversas com a imprensa, garantem que os incidentes da última quinta-feira são uma tentativa de desprestigiar a figura do ex-presidente do Boca Juniors e candidato à presidência da Argentina Mauricio Macri, atual prefeito de Buenos Aires, muito ligado a Angelici.

– Não pode haver outra explicação – garante um torcedor.

Ainda neste sábado, a imprensa argentina noticiou que o meia-atacante Driussi estaria hospitalizado com uma inflamação no cérebro devido ao ataque com gás de pimenta. Mais tarde, porém, o jornal Clarín revelou que o jogador precisou ser internado em decorrência de uma meningite.

Confira a nota divulgada pela Conmebol:

Entenda o caso:

Na quinta-feira, Boca Juniors e River Plate se enfrentavam pela partida de volta das oitavas de final da Libertadores da América. Na volta do intervalo (o primeiro tempo havia terminado em 0 a 0), gás de pimenta foi colocado no túnel pelo qual entravam os jogadores do River.

Com ardência nos olhos, irritação no nariz e até mesmo com a pele queimada por conta do gás, os atletas não tinham condições de retomar a partida. Mais de uma hora depois da paralisação, o árbitro do jogo, em conversa com representantes da Conmebol e das duas equipes, decidiu suspender o jogo.

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Em gráfico, veja os incidentes na Bombonera:

*ZHESPORTES E AFP