Os 195 países participantes da COP30, a Conferência do Clima ocorrida em Belém, assinaram neste sábado (22) os acordos climáticos que devem tentar conter o avanço do aquecimento global. Uma das metas estabelecidas é triplicar o financiamento para as adaptações climáticas até 2035. Porém, o documento deixou de fora o desafio de como reduzir o uso dos combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral. Eles são os principais responsáveis pelas emissões dos gases que causam o aumento da temperatura do planeta.
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O Acordo de Belém pede que as nações ricas ajudem com recursos os países em desenvolvimento a se adaptarem a um mundo em aquecimento. Isso porque os países em desenvolvimento argumentam que precisam urgentemente de recursos para enfrentar os impactos que já estão ocorrendo, como o aumento do nível do mar e o agravamento das ondas de calor, secas, inundações e tempestades. Indicadores foram estabelecidos para avaliar a adaptação de cada país.
Mas a ausência do chamado Mapa do Caminho gerou frustação na COP30. O acordo trataria da eliminação gradual dos combustíveis fósseis e da reversão do desmatamento. O governo brasileiro, especialmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, insistiu na aprovação de um texto que abordasse alguma proposta de cronograma de implementação dessa transição energética, o que acabou não se concretizando. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que o tema não será abandonado.
— Sei que todos estão cansados, sabemos que muitos de vocês tinham mais ambição para alguns temas e que a sociedade vai exigir mais. Eu prometo que vou tentar não desapontar vocês. Nós precisamos de mapas para que possamos ultrapassar a dependência dos fósseis de forma ordenada e justa. Eu vou criar dois mapas: um para reverter desmatamento e [outro para] fazer transição para longe dos fósseis — anunciou Lago.
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