A taxa básica de juros da economia, a Selic, foi mantida em 15% ao ano após uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil nesta quarta-feira (05). Esse é o maior patamar em quase 20 anos, desde julho de 2005. À época, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxa estava em 15,25% ao ano. As informações são do g1.
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De acordo com a nota do Banco Central, a decisão do Copom se baseou no “ambiente externo ainda incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais”.
“Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica. […] O Comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactam a política monetária e os ativos financeiros, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza”, diz a nota.
A taxa está em 15% desde o fim de junho. O Comitê, formado pelo presidente do Banco Central e por oito diretores, já havia informado, em comunicados anteriores, que a taxa permaneceria nesse patamar por um período de tempo “bastante prolongado”.
Dessa forma, especialistas preveem que o início da diminuição dos juros aconteça somente em janeiro de 2026, mesmo com os pedidos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para que o BC reduza os juros. Para ele, os altos juros vêm diminuindo a atividade econômica no país.
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Mas a decisão do Copom desta quarta-feira não alterou a Selic. Isso já era esperado pelos economistas do mercado financeiro, que preveem o início do ciclo de corte dos juros somente para janeiro de 2026.
A próxima reunião do Comitê deve acontecer em 9 e 10 de dezembro.

