Responsável por bombear o sangue para todo o corpo, o coração garante o transporte de oxigênio e nutrientes às células.

Continua depois da publicidade

Porém, esse processo pode ser prejudicado quando o ritmo cardíaco sofre alguma alteração, um fenômeno chamado de arritmia cardíaca. 

Como o problema pode ir de situações leves a graves e atingir pessoas de todas as idades, a Reportagem conversou com o cardiologista José Carlos Pachón, diretor do Serviço de Eletrofisiologia, Marcapasso e Arritmias do Hcor, para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema.

Quais são os tipos de arritmia cardíaca?

O batimento cardíaco normal em adultos em repouso varia entre 50 e 100 por minuto. Segundo o Pachón, uma das formas de classificar a arritmia é pela frequência dos batimentos.

Continua depois da publicidade

“O paciente pode ter uma taquicardia quando o coração bate rápido demais, geralmente acima de 100 batimentos por minuto em repouso, porque, durante o esforço, é normal bater mais do que 100 batimentos por minuto”, explica o cardiologista.

Já a bradicardia ocorre quando o coração bate devagar demais, “geralmente menos do que 50 batimentos por minuto em repouso”, afirma.

Além disso, é possível definir a arritmia pela origem do distúrbio dentro do coração, como nos átrios ou nos ventrículos. E não se pode esquecer das arritmias extrasístoles, semelhantes a pequenos “tropeços” no batimento cardíaco.

Continua depois da publicidade

Quais são os riscos da arritmia cardíaca?

É importante entender que, independentemente do tipo, a arritmia não tratada traz graves riscos para a saúde. As principais consequências apontadas pelo representante do Hcor são:

Acidente Vascular Cerebral (AVC): certos tipos de arritmia, como a fibrilação atrial, podem fazer o sangue acumular-se no coração, formando coágulos. Se um coágulo se deslocar para o cérebro, pode causar um AVC.

Insuficiência Cardíaca: um coração que bate de forma muito rápida, muito lenta ou irregular por longos períodos pode não conseguir bombear sangue suficiente para o corpo, resultando em insuficiência cardíaca.

Continua depois da publicidade

Parada Cardíaca: arritmias malignas podem levar a uma parada cardíaca, que só pode ser revertida com massagem cardíaca ou com um choque aplicado no tórax do paciente. Em casos graves, ela pode levar à morte súbita.

Outras doenças cardíacas: a arritmia não tratada também pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de outras condições, como angina e ataque cardíaco.

Antes de levar a essas complicações, o batimento irregular pode vir acompanhado de sintomas como tontura, falta de ar, aperto no peito e desmaios (síncope).

Continua depois da publicidade

Como o tratamento adequado reduz os riscos?:

Felizmente, a arritmia cardíaca pode ser tratada antes que evolua para complicações graves, seja com o uso de medicamentos ou com a ablação por radiofrequência (ARF).

“O tratamento avançou de maneira muito significativa nos últimos anos. E já é possível tratar arritmias gravíssimas com um ou dois dias de internação, sem a necessidade de abertura do tórax”, afirma José Carlos Pachón.

Para isso, no entanto, é essencial identificar as causas do distúrbio o quanto antes.

“Após a crise, mesmo que os sintomas já tenham passado, é muito importante fazer uma consulta cardiológica, descrevendo o momento em que aconteceu a arritmia, o que estava fazendo na hora e quanto ela durou”, orienta o médico.

Continua depois da publicidade

Por Vitoria Estrela

Propósito faz bem para o coração? A ciência responde

Você pode gostar também de conhecer o petisco barato que tem mais proteína que o ovo (e ainda baixa o colesterol) e que tal dar adeus panela de pressão: novo produto economiza tempo e é mais seguro. Veja também que o uso de canetas emagrecedoras dispara 230% no Brasil.