O governo da Indonésia informou que o corpo de Juliana Marins, que morreu após cair em uma trilha no vulcão Monte Rinjani, será içado às 6h de quarta-feira (25), no horário local. O motivo, segundo a equipe de Assistência de Busca e Salvamento em acidentes e desastres, é o “clima desfavorável e visibilidade muito limitada”, que também dificultou o resgate da brasileira, encontrada morta após quatro dias de buscas.
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O corpo será levado até o Posto Sembalun e, em seguida, transportado de avião ao Hospital Bayangkara. A equipe diz que espera que o “processo de evacuação da vítima, que será realizado amanhã de manhã, possa transcorrer sem problemas e com segurança, como todos esperamos”.
A brasileira foi encontrada por um socorrista voluntário, Hafiz Hasadi, que conseguiu chegar a uma profundidade de 600 metros nesta terça-feira. Juliana já estava sem vida, depois de ter passado quatro dias sem água, comida e agasalhos.
Para encontrar a brasileira, foram montados acampamentos em dois pontos, com sete pessoas envolvidas: três a 400 metros e quatro a 600 metros de profundidade.
Entenda o caso
Juliana estava em uma trilha no Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, sendo o segundo vulcão mais alto da Indonésia e uma das trilhas mais complicadas do país. O percurso pode durar de dois a quatro dias e inclui trechos íngremes, instabilidade climática e riscos elevados, especialmente em épocas de neblina.
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Equipes de resgate estavam tentando resgatar Juliana desde sábado, quando ela estava a uma profundidade de 250 metros. Por causa do terreno instável do vulcão, a brasileira estava “escorregando” cada vez mais para baixo do vulcão e, por causa das condições climáticas, com forte neblina, as buscas estavam lentas. As informações foram divulgadas pela irmã de Juliana, Mariana Marins, que atualizava diariamente as redes sociais.
Na segunda-feira (23), o Parque Nacional do Monte Rinjani informou que a brasileira já estava a 500 metros de profundidade, “visualmente imóvel”. Nesta terça-feira, entretanto, Juliana foi vista a cerca de 650 metros da trilha, ainda mais abaixo. Algumas horas depois, a família confirmou que a brasileira foi encontrada já sem vida.
Para a família de Juliana, que ouve relatos de pessoas que trabalham no parque, ela foi abandonada pelo guia e entrou em desespero.
— Ela não sabia para onde ir, não sabia o que fazer. Quando o guia voltou, porque viu que ela estava demorando muito, ele viu que ela tinha caído lá embaixo — disse a irmã de Juliana.
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O guia Ali Musthofa, em entrevista ao O Globo, disse que pediu para que Juliana descansasse e que o combinado era que ele iria a esperar um pouco mais a frente. Segundo o relato, ele ficou a três minutos de distância dela, mas que “depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu”.
Veja fotos de Juliana
*As informações são do g1 e da CNN
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