Um vídeo de Juliana Marins com a turista italiana Federica Matricardi, mostra os últimos momentos da brasileira no topo do Monte Rinjani. Juliana caiu na trilha do vulcão por volta das 4h de sábado (21), 13h de sexta-feira (20) no Brasil e foi encontrada morta quatro dias depois, nesta terça-feira (24).
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No vídeo, Juliana e Federica falam sobre a frustração com a neblina no topo da montanha, que impedia a contemplação da vista. Elas estavam na primeira parte da trilha em direção ao cume, já a mais de 1,5 mil metros de altura, segundo a italiana em uma entrevista ao Fantástico.
— Conheci Juliana no dia anterior ao passeio. Ambas estávamos viajando sozinhas. Fizemos todo o caminho até o topo, foi muito difícil — disse.
Nos registros, Federica fala com ironia que “a vista é incrível. Você pode ver totalmente que valeu muito a pena”, mostrando uma forte neblina no local. Juliana ri e diz que “nós fizemos (o passeio) pela vista. Então, estou feliz”.
Na entrevista ao Fantástico, Federica afirmou que a brasileira estava logo atrás com o guia antes de cair, e que três horas e meia depois da queda, outros turistas alcançaram o local onde Juliana caiu. Com um drone, foi possível ver que ela estava em um paredão, usando calça jeans, camiseta, tênis e luvas.
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Veja o vídeo
Operação de resgate
Juliana estava em uma trilha no Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, sendo o segundo vulcão mais alto da Indonésia e uma das trilhas mais complicadas do país. O percurso pode durar de dois a quatro dias e inclui trechos íngremes, instabilidade climática e riscos elevados, especialmente em épocas de neblina.
Equipes de resgate estavam tentando resgatar Juliana desde sábado, quando ela estava a uma profundidade de 250 metros. Por causa do terreno instável do vulcão, a brasileira estava “escorregando” cada vez mais para baixo do vulcão e, por causa das condições climáticas, com forte neblina, as buscas estavam lentas. As informações foram divulgadas pela irmã de Juliana, Mariana Marins, que atualizava diariamente as redes sociais.
Na segunda-feira (23), o Parque Nacional do Monte Rinjani informou que a brasileira já estava a 500 metros de profundidade, “visualmente imóvel”. Nesta terça-feira, entretanto, Juliana foi vista a cerca de 650 metros da trilha, ainda mais abaixo. Algumas horas depois, a família confirmou que a brasileira foi encontrada já sem vida.
Para a família de Juliana, que ouve relatos de pessoas que trabalham no parque, ela foi abandonada pelo guia e entrou em desespero.
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— Ela não sabia para onde ir, não sabia o que fazer. Quando o guia voltou, porque viu que ela estava demorando muito, ele viu que ela tinha caído lá embaixo — disse a irmã de Juliana.
O guia Ali Musthofa, em entrevista ao O Globo, disse que pediu para que Juliana descansasse e que o combinado era que ele iria a esperar um pouco mais a frente. Segundo o relato, ele ficou a três minutos de distância dela, mas que “depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu”.
Veja fotos da tentativa de resgate
*Com informações do O Globo, g1, e CNN
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