Entre 2022 e 2025, ao menos três turistas morreram após quedas em trilhas no Monte Rinjani, região turística em que a brasileira Juliana Marins caiu de um penhasco na última sexta-feira (20), no horário local. A jovem, de 26 anos, foi encontrada sem vida nesta terça-feira (24). Com informações do g1. 

Continua depois da publicidade

O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e uma das trilhas mais complicadas do país. O percurso pode durar de dois a quatro dias e inclui trechos íngremes, instabilidade climática e riscos elevados, especialmente em épocas de neblina.

Em 2016, cerca de 400 turistas precisaram ser retirados dessa mesma trilha com urgência por conta do processo erupção do vulcão Rinjani. Esta foi a última vez que ele entrou em erupção. Ninguém morreu na ocasião.

Em 2022, Boaz Bar Anam, de 37 anos, nascido em Israel e de nacionalidade portuguesa, caiu de uma altura de 150 metros ao tentar tirar uma selfie na borda do cume, na rota de Sembalun. O corpo dele só foi resgatado após quatro dias de buscas em um terreno íngreme e clima instável.

Quais são os próximos passos da operação para resgatar brasileira presa em trilha na Indonésia 

Continua depois da publicidade

A segunda vítima fatal foi a suíça Melanie Bohner, que morreu após cair durante uma escalada no Monte Anak Dara, em Sembalun. Embora não tenha ocorrido na trilha do Monte Rinjani, a escalada fica na mesma região.

A turista foi encontrada morta horas depois por moradores locais no fundo de um barranco após percorrer uma rota não oficial e não recomendada pelas autoridades locais.

Já um turista de 57 anos, nascido na Malásia, caiu de uma ravina de 80 metros na trilha de Torean, após se soltar de uma corda de segurança. A queda ocorreu em meio a neblina densa, o que dificultou o resgate. Ele recusou ajuda dos guias momentos antes do acidente.

Veja as fotos do resgate da Juliana

Entenda

Juliana Marins caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, uma das atrações turísticas mais conhecidas da Indonésia. A queda ocorreu na sexta-feira (20), por volta das 19h, pelo horário de Brasília. Ela teria escorregado e caído cerca de 300 metros abaixo da trilha original.

Continua depois da publicidade

A jovem estava sozinha no momento do acidente e foi localizada por turistas que passaram pela trilha. Eles usaram um drone para encontrá-la e divulgaram vídeos nas redes sociais, o que ajudou a informação a chegar até a família no Brasil.

Na manhã desta segunda-feira (23), as autoridades da Indonésia relataram ter localizado a brasileira no Instagram do Parque Nacional Gunung Rinjani. Informações publicadas na rede social dizem que a publicitária foi monitorada “com sucesso por um drone” e permanece presa em um penhasco rochoso, a uma profundidade de cerca de 500 metros, “visualmente imóvel”.

Nesta terça-feira (24), um helicóptero, que poderia ser usado para salvar a jovem, não conseguiu chegar ao local devido às condições climáticas. Mais tarde, familiares confirmaram que a jovem foi achada morta.

Quem é Juliana Marins

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atua como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

Continua depois da publicidade

A jovem compartilhou registros da viagem nas redes sociais, onde mantinha contato com amigos e seguidores. O acidente interrompeu abruptamente a jornada e, agora, familiares e amigos acompanham com apreensão a busca por notícias concretas sobre seu estado de saúde e localização.

Leia mais

Fotos mostram operação delicada de resgate de brasileira que caiu em vulcão na Indonésia

Brasileira que caiu em vulcão na Indonésia está “escorregando” e país reavalia resgate “crítico”