Juliana Marins, brasileira que caiu a cerca de 300 metros durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, estava “escorregando” montanha abaixo, segundo a família. O incidente foi na última sexta-feira (20). Ela foi encontrada morta nesta terça-feira.
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Vídeos que supostamente mostram o resgate chegando até Juliana seriam “forjados”, conforme a família. Uma amiga da jovem afirma que ela está desaparecida, não está mais no local onde foi vista pela última vez e permanece “escorregando” montanha abaixo, em um local perigoso e de difícil acesso.
Morre Juliana Marins, brasileira que caiu em vulcão na Indonésia
Jovem foi achada “visualmente imóvel”, dizem autoridades
Na manhã desta segunda-feira (23), autoridades da Indonésia relataram ter localizado a brasileira no Instagram do Parque Nacional Gunung Rinjani. Informações publicadas na rede social dizem que a publicitária foi monitorada “com sucesso por um drone” e permanece presa em um penhasco rochoso, a uma profundidade de cerca de 500 metros, “visualmente imóvel”.
De acordo com as autoridades locais, duas equipes de resgate foram mobilizadas para chegar ao local onde está a vítima e verificar o segundo ponto de ancoragem, a uma profundidade de cerca de 350 metros. Após observarem o local, no entanto, os socorristas encontraram duas “saliências” que impossibilitaram a instalação da ancoragem.
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Foi neste momento que a equipe de resgate teve que começar a escalar para tentar alcançar a jovem. Durante o procedimento, o socorro enfrentou “terrenos extremos e condições climáticas dinâmicas”, com neblina espessa. Por conta disso, a visibilidade no local foi reduzida e os riscos da operação aumentaram. A equipe, então, se recolheu e seguiu para uma “posição segura”, segundo as autoridades.
Depois disso, ainda conforme as informações compartilhadas no Instagram, foi realizada uma reunião de avaliação via Zoom com o governador da província de Sonda Ocidental.
“Em sua orientação, o Governador incentivou a aceleração da evacuação com a opção de uso de helicópteros, considerando o período crítico de 72 horas (‘Tempo Dourado’) para resgates na natureza”, diz a nota.
O chefe do Escritório de Mataram Basarnas, em resposta ao governador, explicou o desafio técnico do resgate com helicóptero. De acordo com ele, tecnicamente, a missão é “possível”, mas seria preciso garantir que as especificações da aeronave fossem adequadas para o transporte aéreo. Somado a isso, a autoridade ponderou que as “rápidas mudanças climáticas” podem influenciar na possibilidade de manejo do helicóptero para o resgate de Juliana.
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“A equipe permanece de prontidão e comprometida em continuar os melhores esforços em prol da segurança e da humanidade. A natureza deve ser respeitada, a segurança continua sendo o principal fator”, conclui o comunicado.
Esforços para resgate foram retomados nesta segunda
As tentativas de resgatar Juliana no segundo vulcão mais alto do país foram retomadas na manhã desta segunda-feira, no horário local, mas já foi interrompido devido às condições climáticas.
A família da jovem se queixou do novo recuo, apontando negligência e cobrando urgência das atividades, já que Juliana “segue sem água, comida e agasalhos por três dias”.
“Conseguimos a confirmação que o resgate conseguiu localizar novamente a Juliana e está, neste momento, descendo até o local onde ela foi avistada”, escreveu a família pouco antes das buscas serem interrompidas.
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Juliana, de 26 anos, estava sozinha no momento do acidente e foi vista por turistas que passaram pela trilha no último sábado (21). Eles usaram um drone para encontrá-la e divulgaram vídeos nas redes sociais, o que ajudou a informação a chegar até a família no Brasil.
Quem é Juliana Marins
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atua como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
A jovem compartilhou registros da viagem nas redes sociais, onde mantinha contato com amigos e seguidores. O acidente interrompeu abruptamente a jornada e, agora, familiares e amigos acompanham com apreensão a busca por notícias concretas sobre seu estado de saúde e localização.
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Como é a trilha que Juliana caiu?
A trilha que leva ao vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, é considerada uma das mais difíceis do país. A trilha tem muitas subidas, mais de 2,6 quilômetros montanha acima. A caminhada pode ser dividida em:
- Dois dias e uma noite;
- Três dias e duas noites;
- Quatro dias e três noites.
No site do Tripadvisor, um turista diz que o passeio foi “muito duro” e que achava que não ia conseguir terminar a escalada.
*Sob supervisão de Luana Amorim
**Com informações de CNN Brasil e O Globo
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